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Papa Leão XIV da janela do Apartamento Pontifício Papa Leão XIV da janela do Apartamento Pontifício  (@Vatican Media)

Papa: "a partir do Altar e do Sacrário, ser portadores de comunhão e de paz"

"O milagre, mais que um prodígio, é um «sinal» e recorda-nos que os dons de Deus, mesmo aqueles pequeninos, quanto mais partilhados são, mais crescem", disse o Papa Leão XIV no Angelus, quando na Itália e em outros países é celebrada a Solenidade de Corpus Christi

Jackson Erpen - Cidade do Vaticano

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Na Eucaristia, "o Senhor acolhe, santifica e abençoa o pão e o vinho que colocamos sobre o Altar, juntamente com a oferta da nossa vida, e transforma-os no Corpo e Sangue de Cristo, Sacrifício de amor para a salvação do mundo".

Na Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, celebrada neste domingo em muitos países, o Evangelho de Lucas narra o milagre dos pães e dos peixes. "Para alimentar milhares de pessoas vindas para o ouvir e pedir curas - começou explicando Leão XIV aos milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro para o Angelus -  Jesus convida os Apóstolos a apresentarem-lhe o pouco que têm, abençoa os pães e os peixes e ordena que os distribuam a todos". E "o resultado é surpreendente: não só cada um recebe comida em quantidade suficiente, como sobra em abundância":

O milagre, mais que um prodígio, é um «sinal» e recorda-nos que os dons de Deus, mesmo aqueles pequeninos, quanto mais partilhados são, mais crescem.

O Papa chama a atenção para o fato, de que "ao lermos tudo isto no dia de Corpus Domini, refletimos sobre uma realidade ainda mais profunda":

Com efeito, sabemos que na raiz de toda a partilha humana há uma outra maior e anterior a ela: a de Deus para conosco. Ele, o Criador, que nos deu a vida, para nos salvar pediu a uma das suas criaturas para ser sua mãe e dar-lhe um corpo frágil, limitado, mortal, como o nosso, confiando-se a ela como uma criança. Ele partilhou assim, profundamente, a nossa pobreza e para nos resgatar, escolheu servir-se do muito pouco que lhe podíamos oferecer.

Leão XIV então recordou o quanto é bom, quando oferecemos um presente – porventura pequeno, proporcional às nossas possibilidades – ver que ele é apreciado por quem o recebe; "como ficamos felizes quando sentimos que, apesar da sua simplicidade, aquele presente nos une ainda mais àqueles que amamos":

Pois bem, na Eucaristia, entre nós e Deus, acontece exatamente isto: o Senhor acolhe, santifica e abençoa o pão e o vinho que colocamos sobre o Altar, juntamente com a oferta da nossa vida, e transforma-os no Corpo e Sangue de Cristo, Sacrifício de amor para a salvação do mundo. Deus une-se a nós acolhendo com alegria o que levamos e convida a unirmo-nos a Ele, recebendo e partilhando com igual alegria o seu dom de amor. Desta forma – diz Santo Agostinho – como dos «grãos de trigo, unidos entre si, [...] se forma um só pão, assim, na concórdia da caridade, se forma um único corpo de Cristo».

O Papa recordou então que na tarde deste domingo haveria a celebração da Santa Missa, seguida pela Procissão Eucarística, "levando o Santíssimo Sacramento pelas ruas da nossa cidade. Cantaremos, rezaremos e, por fim, reunir-nos-emos diante da Basílica de Santa Maria Maior para implorar a Bênção do Senhor sobre as nossas casas, sobre as nossas famílias e sobre toda a humanidade":

Que esta Celebração seja um sinal luminoso do nosso compromisso de sermos todos os dias, a partir do Altar e do Sacrário, portadores de comunhão e de paz uns para os outros, na partilha e na caridade.

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22 junho 2025, 12:16

O que é o Angelus?

O Angelus é uma oração recitada em recordação do Mistério perene da Encarnação três vezes ao dia: às 6 da manhã, ao meio-dia e às 18 horas, momento em que é tocado o sino do Angelus.

O nome Angelus deriva do primeiro verso da oração – Angelus Domini nuntiavit Mariae – que consiste na leitura breve de três simples textos sobre a Encarnação de Jesus Cristo e a recitação de três Ave Marias.

Esta oração é recitada pelo Papa na Praça São Pedro ao meio-dia de domingo e nas Solenidades. Antes de recitar o Angelus, o Pontífice também faz uma breve reflexão inspirando-se nas leituras do dia. Seguem as saudações aos peregrinos.

Da Páscoa até Pentecostes, ao invés do Angelus, é recitado o Regina Coeli, que é uma oração em recordação da ressurreição de Jesus Cristo, ao final do qual é recitado o Glória três vezes.

Últimos Angelus / Regina Caeli

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