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Papa: a humildade ¨¦ a forma plena da liberdade, vem ¨¤ tona quando aprendemos a servir

A humildade ¨¦ a liberdade de si mesmo. Quem se exalta parece n?o ter encontrado nada mais interessante do que a si mesmo. Mas quem compreendeu ser t?o precioso aos olhos de Deus, tem coisas maiores pelas quais se exaltar e tem uma dignidade que brilha por si mesma. Ela vem ¨¤ tona, est¨¢ em primeiro lugar, sem esfor?o e sem estrat¨¦gias, quando, em vez de nos servirmos das situa??es, aprendemos a servir: disse o Papa no Angelus deste domingo, XXII do Tempo Comum
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Raimundo de Lima ¨C Vatican News

A humildade é a forma plena da liberdade. Ela é a liberdade de sim mesmo. Foi o que disse o Pontífice no Angelus deste domingo, 31 de agosto, o XXII Domingo do Tempo Comum. Na alocução que precedeu a oração mariana, Leão XIV ateve-se à página do Evangelho do dia (Lc 14,1.7-14), em que Jesus é convidado para almoçar por um dos chefes dos fariseus. Inicialmente, o Santo Padre observou que estar à mesa juntos, especialmente nos dias de descanso e de festa, é um sinal de paz e comunhão, em todas as culturas, e que receber convidados amplia o espaço do coração, e ser convidado requer a humildade de entrar no mundo do outro. ¡°Uma cultura do encontro se alimenta desses gestos que aproximam¡±, acrescentou, frisando que ¡°encontrar-se nem sempre é fácil¡±.

Fiéis e peregrinos rezam o Angelus com o Papa Leão XIV
Fiéis e peregrinos rezam o Angelus com o Papa Leão XIV   (@VATICAN MEDIA)

Jesus se aproxima realmente, não permanece alheio

O Evangelista nota que os comensais ¡°ficavam observando¡± Jesus, e geralmente Ele era visto com certa desconfiança pelos intérpretes mais rigorosos da tradição. Apesar disso, o encontro acontece, porque Jesus se aproxima realmente, não permanece alheio à situação. Ele se torna verdadeiramente hóspede, com respeito e autenticidade. Ele renuncia às boas maneiras que são apenas formalidades para evitar o envolvimento mútuo.

Assim, em seu estilo próprio, continuou o Santo Padre, com uma parábola, descreve o que vê e convida quem o observa a pensar. Ele percebeu que há uma corrida para ocupar os primeiros lugares. Isso acontece também hoje, não na família, mas nas ocasiões em que é importante ¡°ser notado¡±; então, estar juntos se transforma em uma competição.

Fiéis e peregrinos rezam o Angelus com o Papa Leão XIV
Fiéis e peregrinos rezam o Angelus com o Papa Leão XIV   (@VATICAN MEDIA)

Somos chamados à liberdade

Irmãs e irmãos, sentar-nos juntos à mesa eucarística, no dia do Senhor, significa também para nós deixar a palavra a Jesus. Ele torna-se voluntariamente nosso hóspede e pode descrever-nos como Ele nos vê. É muito importante ver-nos com o seu olhar: repensar como muitas vezes reduzimos a vida a uma competição, como nos descompostamos para obter algum reconhecimento, como nos comparamos inutilmente uns aos outros. Parar para refletir, deixar-nos abalar por uma Palavra que questiona as prioridades que ocupam o nosso coração: é uma experiência de liberdade. Jesus chama-nos à liberdade.

No Evangelho, reiterou o Pontífice, Ele usa a palavra ¡°humildade¡± para descrever a forma plena da liberdade. A humildade, de fato, é a liberdade de si mesmo. Ela nasce quando o Reino de Deus e sua justiça realmente despertam nosso interesse e podemos nos permitir olhar para longe: não para a ponta dos nossos pés, mas para longe!

Fiéis e peregrinos rezam o Angelus com o Papa Leão XIV
Fiéis e peregrinos rezam o Angelus com o Papa Leão XIV   (@VATICAN MEDIA)

A Igreja seja aquela casa onde todos são sempre bem-vindos

Quem se exalta, em geral, parece não ter encontrado nada mais interessante do que a si mesmo e, no fundo, é muito inseguro. Mas quem compreendeu ser tão precioso aos olhos de Deus, quem sente profundamente ser filho ou filha de Deus, tem coisas maiores pelas quais se exaltar e tem uma dignidade que brilha por si mesma. Ela vem à tona, está em primeiro lugar, sem esforço e sem estratégias, quando, em vez de nos servirmos das situações, aprendemos a servir.

Pedimos hoje, concluiu Leão XIV, que a Igreja seja para todos um ginásio de humildade, ou seja, aquela casa onde todos são sempre bem-vindos, onde não é preciso conquistar lugares, onde Jesus ainda pode tomar a palavra e nos educar em sua humildade, em sua liberdade. Maria, a quem agora rezamos, é verdadeiramente a Mãe desta casa.

Fiéis e peregrinos rezam o Angelus com o Papa Leão XIV
Fiéis e peregrinos rezam o Angelus com o Papa Leão XIV   (@VATICAN MEDIA)

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31 agosto 2025, 12:23

O que ¨¦ o Angelus?

O Angelus ¨¦ uma ora??o recitada em recorda??o do Mist¨¦rio perene da Encarna??o tr¨ºs vezes ao dia: ¨¤s 6 da manh?, ao meio-dia e ¨¤s 18 horas, momento em que ¨¦ tocado o sino do Angelus.

O nome Angelus deriva do primeiro verso da ora??o ¨C Angelus Domini nuntiavit Mariae ¨C que consiste na leitura breve de tr¨ºs simples textos sobre a Encarna??o de Jesus Cristo e a recita??o de tr¨ºs Ave Marias.

Esta ora??o ¨¦ recitada pelo Papa na Pra?a S?o Pedro ao meio-dia de domingo e nas Solenidades. Antes de recitar o Angelus, o Pont¨ªfice tamb¨¦m faz uma breve reflex?o inspirando-se nas leituras do dia. Seguem as sauda??es aos peregrinos.

Da P¨¢scoa at¨¦ Pentecostes, ao inv¨¦s do Angelus, ¨¦ recitado o Regina Coeli, que ¨¦ uma ora??o em recorda??o da ressurrei??o de Jesus Cristo, ao final do qual ¨¦ recitado o Gl¨®ria tr¨ºs vezes.

?ltimos Angelus / Regina Caeli

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