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2025.09.12 World Meeting on Human Fraternity - G20 informazione

Encontro sobre Fraternidade Humana: desarmar as palavras para desarmar a Terra

No âmbito da edição deste ano, promovida nos dias 12 e 13 de setembro pela Basílica de São Pedro, realizou-se na Sala da Protomoteca do Capitólio, em Roma, a mesa de debates denominada "G20 Informação" sobre transparência e liberdade de informação em um mundo atingido por guerras e conflitos

Vatican News

A transparência e a liberdade de informação em tempos de guerra e conflitos. A verdade dos fatos como elemento indispensável para “desarmar as palavras e desarmar a Terraâ€, como disse o Papa Leão XIV, para que o relato e a narrativa voltem a ajudar a paz, o diálogo e a fraternidade. A responsabilidade de quem trabalha na mídia de promover o valor da competência, do aprofundamento e da credibilidade, na era do domínio descontrolado das redes sociais e dos algoritmos, da superficialidade transbordante dos slogans em busca de likes e das imponentes expressões de ódio e violência por parte dos haters. Esses são os principais temas sobre os quais se confrontaram expoentes do mundo da comunicação e da informação, diretores e CEOs de redes de mídia em nível internacional, que vieram a Roma para participar da mesa de debates chamada 'G20 Informação' e coordenada pelo diretor da Revista Piazza San Pietro, Padre Enzo Fortunato, realizado na sexta-feira (12) na Sala da Protomoteca do Capitólio de Roma dentro do   (World Meeting on Human Fraternity).

Os três horizontes do tempo presente: verdade, liberdade, dignidade

Ao abrir o encontro, o Padre Fortunato ilustrou os três “horizontes†que no tempo presente “não podem mais ser dados como certos: verdade, liberdade, dignidadeâ€. A primeira “muitas vezes é manipulada e instrumentalizadaâ€, mas também “a liberdade é feridaâ€, a tal ponto que em muitos países do mundo “os jornalistas são reduzidos ao silêncio, perseguidos ou mortosâ€, recordou. Enquanto “a liberdade de imprensa deveria ser uma garantia para os cidadãos e um baluarte da democraciaâ€. Hoje – observou Fortunato – “temos muitos 'dignitários', mas pouca dignidadeâ€: há aqueles que “sofrem campanhas de ódio e difamação, muitas vezes construídas de propósito por trás da tela de um computador. As palavras podem ferir mais do que as armas, e não raramente essas feridas levam a atos extremosâ€. Portanto, justamente em um período histórico marcado por divisões e conflitos, a humanidade – mesmo nas diversidades de povos, culturas e opiniões – é chamada a reencontrar as características que a unem. "Ecoam as palavras do Papa Leão XIV, que nos lembrou: 'Antes de sermos crentes, somos chamados a ser humanos'â€. Então, concluiu Fortunato, devemos “proteger a verdade, a liberdade e a dignidade como bens comuns da humanidade, a alma do nosso trabalho, e não defender corporações ou interessesâ€.

Ruffini: restituir perspectivas de esperança a cada narrativa

Para que essa guarda se concretize e seja fecunda, a informação continua a ser central "na formação do nosso futuro", destacou Paolo Ruffini, prefeito do Dicastério para a Comunicação. Por isso, a mídia é chamada a vigiar um "limite": "aquele 'entre o bom e o mau jornalismo, entre a fofoca e a análise, entre a paciente busca pela verdade e a apressada difusão de notícias enganadoras, entre um sistema de comunicação baseado na partilha da verdade e um sistema baseado na indiferença à verdadeâ€.

No entanto, chegar a um desarmamento das palavras não significa render-se. O Papa Francisco, lembrou Ruffini, afirmava, "que a comunicação deve ser desarmada de todo preconceito, rancor, agressividade, fanatismo e ódio; livre da droga das simplificações enganosas; e do paradigma da vontade de domínio, de posse, de manipulação". Da mesma forma, o Papa Leão XIV retomou essas expressões, afirmando que se "desarmarmos as palavras, contribuiremos para desarmar a Terra", reconstituindo a possibilidade de um mundo de paz. Para isso, é preciso focar a atenção, hoje em particular, no poder dos algoritmos, que “correm o risco de se tornar os guardiões de nossos pensamentosâ€, aprisionando as pessoas em “bolhas†moldadas “sobre as nossas preferênciasâ€, e, portanto, “em um mundo sem verdadeira liberdade, onde nenhuma opinião nasce para ser confrontada e até mesmo mudada, mas apenas para ser confirmada, em um jogo de espelhos sem princípio e sem fimâ€. O desafio, então, destacou o prefeito, é “resistir à corrosão, à corrupção da comunicação†e “restituir fundamento às notícias e perspectivas de esperança a cada narrativaâ€. Com o objetivo de construir um novo humanismo.

E quanto ao tema das regras da comunicação, "não pode existir um algoritmo da verdade sem liberdade", recordou na sua conclusão: é preciso "devolver aos usuários o papel decisório e formar jornalistas capazes de produzir conteúdos de qualidade". Porque - como afirmava Martin Luther King - "só a luz pode expulsar a escuridão", e "só o amor pode expulsar o ódio".

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13 setembro 2025, 11:59