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Cultura da Vida: As ameaças à vida acontecem na ڲí

Cultura da Vida é um espaço de aprofundamento de temas relacionados à dignidade da vida humana e à missão da ڲí como guardiã da vida com Marlon Derosa e sua esposa Ana Carolina Derosa, professores de pós-graduação em éپ e fundadores do Instituto e Editora Pius com sede em Joinville, Santa Catarina. Neste terceiro encontro, como as ameaças à vida humana se originam ou se manifestam dentro da estrutura familiar.

Vatican News

Olá ouvintes da Rádio Vaticano, somos Marlon e Ana Derosa, e este é o “Programa Cultura da Vida”. Hoje vamos falar sobre como as ameaças à vida humana se originam ou se manifestam dentro da estrutura familiar: a contracepção, o aborto, o abandono, a violência doméstica, a eutanásia, o suicídio assistido, entre outros. Estas ameaças à vida humana foram longamente explicadas por São João Paulo II na Encíclica Evangelium vitae, um dos documentos mais importantes na temática da bioética e defesa da vida (EV, 3).

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Em um dos trechos da Evangelium Vitae, o Papa João Paulo II nos recorda o grande crime narrado no livro do Genesis em que Caim matou Abel (EV, 7), foi um crime que ocorreu dentro da família. Isso não seria similar ao que ocorre no caso do aborto voluntário, no descarte de embriões da fertilização in vitro, na eutanásia consentida ou motivada por algum membro da família?

Muitos dramas e decisões que violam o direito à vida e a dignidade humana, ocorrem porque dentro do seio familiar, não se compreende muito bem o valor inviolável de toda vida humana, independente da idade ou da situação de vida.

Vamos refletir sobre alguns temas onde há frequente dilema sobre a violação da vida humana dentro da família:

O primeiro exemplo é a eutanásia:

É a antecipação da hora da morte pela interrupção de tratamentos que poderiam levar à cura ou à melhora da pessoa doente. Nas palavras do Papa Francisco, a eutanásia “é um fracasso do amor, um reflexo de uma “cultura do descarte”. Na Fratelli tutti (FT, 18), ele escreveu que “as pessoas já não são vistas como um valor primário a respeitar e tutelar, especialmente se são pobres ou deficientes, se ‘ainda não servem’ (como os nascituros) ou ‘já não servem’ (como os idosos), na qual ‘as pessoas não são mais consideradas um valor fundamental a ser cuidado e respeitado’, especialmente quando estão frágeis.”

E isso pode acontecer dentro da própria casa. Quando a família deixa de acompanhar com paciência, quando os idosos ou doentes passam a ser vistos como peso, quando o sofrimento é evitado a qualquer custo… a vida corre o risco de ser descartada. A eutanásia começa, muitas vezes, com a falta de presença, de escuta, de cuidado verdadeiro. Por isso, a família é chamada a ser sinal de um amor que não abandona no sofrimento, mas que sustenta, consola, oferece dignidade até o último momento. Cuidar da vida até o fim natural é, no fundo, testemunhar que todo ser humano tem valor sempre.

O segundo exemplo é a Fertilização in Vitro

A vida é um dom de Deus (EV, 43). Mas o drama da infertilidade está cada vez mais comum e os problemas do uso da fertilização in vitro são muitos. Como disse o Papa João Paulo II, essas técnicas podem até parecer que estão “a serviço da vida”, mas “na realidade abrem a porta a novos atentados contra a vida humana” (EV, 14).

Para além do fato de serem moralmente inaceitáveis, “porque separam a procriação do contexto integralmente humano do ato conjugal” (EV, 14), seus processos envolvem a criação de embriões em laboratório, inclusive seu congelamento e descarte. É preciso deixar claro que cada embrião é uma vida humana. Cada embrião é uma pessoa, que precisa ter seus direitos respeitados.

Além disso, essas técnicas não curam a infertilidade. A infertilidade é um sintoma e a origem desse sintoma precisa ser buscada e tratada, e a Fertilização in vitro não faz isso. Os casais que vivem essa situação tão difícil, precisam ser acolhidos e tratados pela medicina de modo integral, buscando a cura completa, e de forma que a dignidade humana seja respeitada em sua integralidade. Existem abordagens de medicina integrativa e de naprotecnologia, que são muito mais eficazes do que a Fertilização in vitro. Estes são apenas alguns breves exemplos sobre como as ameaças contra a vida humana ocorrem dentro da família, e como podem afetar as relações familiares. E isso nos mostra como é importante fortalecer as famílias.

É preciso que as famílias se encontrem com Cristo e aprendam com Ele e com a Igreja sobre o Evangelho da vida. A família é a célula da sociedade (Carta às famílias, 17), é o santuário da vida (Carta às famílias, 11), e o futuro da humanidade passa pela família (FC, 75). Somente fortalecendo a família é que teremos uma sociedade que proclama verdadeiramente a cultura da vida.

Um grande abraço a todos e até o próximo programa!

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21 agosto 2025, 08:00