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2025.06.07 Giubileo dei Movimenti - Veglia di Pentecoste

Histórias de esperança no Jubileu dos Movimentos

Antes da Vigília de Pentecostes com o Papa Leão XIV para o Jubileu dos Movimentos, Associações e Novas Comunidades, quatro testemunhos de locais em guerra, Terra Santa, RD Congo e ±«³¦°ùâ²Ô¾±²¹, e da luta contra a dependência. A força da fé, apoiada pela Igreja e pelas comunidades, ajuda a superar até mesmo as situações mais desesperadoras.

Alessandro Di Bussolo – Vatican News

Vozes de esperança, testemunhos da força do amor de Deus que transforma o mal em bem, mesmo nas situações mais desesperadas, graças ao apoio da Igreja e das comunidades criadas por movimentos e associações católicas. Na Praça de São Pedro, antes da Vigília de Pentecostes do Jubileu dos Movimentos, Associações e Novas Comunidades no sábado, 7 de junho, quatro histórias de vida prepararam para o encontro e a oração com o Papa Leão XIV. Entre meditações, cânticos e trechos de um vídeo-documentário sobre os encontros dos Pontífices com os Movimentos, experiências da Terra Santa ao Congo e à Ucrânia em guerra, e de quem sofreu violência e venceu a dependência das drogas. Vozes que  dezenas de milhares de fiéis, na praça desde as 16h, ouviram após duas horas de cantos, animados pelos coros da Juventude Mariana, Células Paroquiais, Sant'Egidio, Ação Católica, Shalom, Carismáticos, Novos Horizontes, Gen Verde, Neocatecumenais, Renovação no Espírito e Comunhão e Libertação.

O testemunho de Hussam, médico oncologista de Comunhão e Libertação
O testemunho de Hussam, médico oncologista de Comunhão e Libertação   (@VATICAN MEDIA)

Hussam, médico da Cl: unidos em Cristo

Na comunidade da Cl cresceu a fé de Hussam Abu Sini, médico oncologista árabe, nascido em Nazaré e que hoje vive em Haifa, em Israel, com sua esposa Chiara, italiana, e dois filhos. Hussam estudou em Turim, onde conheceu o movimento, que lhe ensinou a “aproveitar a vida†e a fé. Ele responde à pergunta “Há esperança na Igreja?†contando como viveu os últimos dois anos, marcados pela guerra desencadeada em 7 de outubro de 2023. Ele e sua família estão de férias com a comunidade e, apesar da ansiedade e do perigo (um foguete cai a apenas 300 metros), optam por permanecer juntos e rezar. “Compreendemos que estar unidos significa olhar todos na mesma direçãoâ€, sublinha, e assim nasceu o lema “We are oneâ€. Somos uma só coisa em Jesus Cristo, “que nos ama, é a nossa grande esperançaâ€.

Cristãos na Terra Santa para tornar Jesus presente

Hussam reconhece com gratidão a orientação da Igreja e, em particular, do patriarca Pierbattista Pizzaballa, que “nos encorajou a não nos escondermos, a testemunhar a novidade de Cristo mesmo em meio à guerraâ€. E decidiu permanecer na Terra Santa, apesar de tudo, porque: “não estamos aqui por direito histórico, mas por uma tarefa: tornar Cristo presente e acessível. Mas sozinhos não conseguiríamos: precisamos da Igreja, da amizade, da comunidadeâ€. Por fim, ele conta como percebeu que também tinha uma missão em seu trabalho como oncologista, acompanhando até a morte um paciente terminal que, apesar do sofrimento, encontrou conforto no relacionamento com ele. “Ele me disse: ‘Obrigado, porque aprendi a olhar para a doença de outra maneira’â€.

O testemunho de Nicola Boricchi de Novos Horizontes
O testemunho de Nicola Boricchi de Novos Horizontes   (@VATICAN MEDIA)

Nicola, de Novos Horizontes: da dependência a uma família

“O acontecimento de Cristo†é o segundo testemunho, o de Nicola Boricchi, de Novos Horizontes, que cresceu entre violência, abusos e abandono, mas que hoje é um “pequeno da alegriaâ€, consagrado no carisma do movimento. Abandonado pelos pais, ele fica com a avó, mas a solidão o leva a fugir com “álcool, maconha e comprimidosâ€. Com apenas 14 anos, ele faz a primeira “dose†de heroína e se torna um “punkabbestiaâ€, perdido nas ruas, nas raves e nos centros sociais, em busca desesperada de amor, zangado com Deus. A esperança chega por acaso, uma “deus-incidênciaâ€: o encontro com a comunidade Novos Horizontes e a chegada a Montevarchi.

“O amor de Deus derreteu o gelo em meu coraçãoâ€

Recebido com um abraço, ele experimenta pela primeira vez, lembra-se, “um amor verdadeiro e incondicional, que não me julgou, mas apenas acolheuâ€. Assim começa, através da Spiritherapy, um caminho de autoconhecimento “e cura do coração baseado no Evangelho, junto com muitos outros jovens†que enfrentavam várias dependências. Entre recaídas e recuperações, Nicola redescobriu a fé, reconstruiu sua identidade e encontrou o amor. No dia do seu aniversário, depois de pedir a Deus uma família, conheceu Cinzia, a garota que se tornaria sua esposa, e hoje é pai de dois filhos. “Minha vida parecia acabada – conclui –, mas o amor de Deus derreteu o gelo que eu tinha no coração. Agora vivo para doar aquele amor autêntico que recebiâ€. Como empresário, Nicola procura hoje dar trabalho também e sobretudo àqueles que têm dificuldade em encontrá-lo, como migrantes, ex-presidiários e ex-toxicodependentes como ele.

O testemunho de Aline Minani, do Congo, da Comunidade de Santo Egidio
O testemunho de Aline Minani, do Congo, da Comunidade de Santo Egidio   (@VATICAN MEDIA)

Aline de Sant'Egidio: no Congo, aliança entre jovens e idosos

Um sinal de esperança, na dramática situação da República Democrática do Congo, devastada por mais de 30 anos de conflitos, é o empenho dos jovens da Comunidade de Sant'Egidio, que em Goma, conta em francês Aline Minani, construíram “uma aliança com os idososâ€. Eles são as primeiras vítimas, junto com os pobres, da guerra, quando “o instinto de pensar apenas em si mesmo se torna ainda mais forteâ€. “Muitos idosos vivem sozinhos, em abrigos improvisados – denuncia Aline – têm medo de sair e correm o risco de morrer de fome. Ninguém pensa nelesâ€. Mas é justamente nestes tempos terríveis que “viver o Evangelho salvaâ€. Assim, os jovens da Comunidade de Sant'Egidio, “em uma cidade onde todos veem o outro como inimigoâ€, optaram por visitar os idosos, proteger os mais pobres – juntamente com os sem-teto e as crianças que vivem nas ruas. Isso, explica a jovem, “nos impede de enlouquecer de medo, porque nos liberta da ansiedade constante pela nossa própria sobrevivênciaâ€. E essa aliança “faz renascer a esperança da pazâ€.

Floribert, em breve beato, “um farol de esperança para todos jovensâ€

Aline lembra o testemunho de Floribert Bwana Chui, jovem membro da Comunidade assassinado em 2007 por ter recusado, em nome do Evangelho, um suborno na alfândega para deixar passar alimentos estragados que teriam prejudicado a população. Ele será beatificado no dia 15 de junho, e seu exemplo é “um farol de esperança para todos os jovens do Congo, da África e do mundoâ€. E conclui invocando o dom da paz e pedindo que “o Espírito continue a inspirar um amor mais forte do que qualquer divisão e conflitoâ€.

Antes da Vigília de Pentecostes na Praça São Pedro
Antes da Vigília de Pentecostes na Praça São Pedro   (@Vatican Media)

Pedro e Begoña, neocatecumenais em missão na Ucrânia

Por fim, um casal espanhol do Caminho Neocatecumenal, Pedro Sánchez Sáez e María Begoña Ballester Zapata, casados há 30 anos, com 12 filhos (dois seminaristas) e 4 netos, conta a experiência da família em missão em Kiev, no coração de um país ferido pela guerra. Criados na fé desde crianças no Caminho, em 2006, durante o Encontro das Famílias com Bento XVI em Valência, eles disseram seu “sim†ao chamado para anunciar o amor de Deus em todas as partes do mundo. Enviados em 2010 para Donetsk, no Donbass, dois anos depois foram transferidos para a capital, onde ainda vivem apesar do conflito.

“Mesmo nas dificuldades de casal, o Senhor sempre nos apoiouâ€

Pedro, ex-pedreiro, e Begoña, filóloga hispânica, descrevem um caminho marcado por rebeliões juvenis, mas também por crises matrimoniais e momentos de provação. “Pensamos até em nos separarâ€, contam, “mas o Senhor, através dos sacramentos e da comunidade, sempre nos apoiouâ€. A sua numerosa família, explicam, não é fruto de um projeto pessoal, mas de uma fidelidade obediente à Igreja: “não desejávamos muitos filhos, mas Deus nos deu essa riqueza para nos manter unidosâ€. Como missionários, querem anunciar que Deus “nos ama loucamente e é capaz de reconstruir qualquer matrimônio, como fez com o nossoâ€. Os filhos estão com eles na Ucrânia e colaboram na missão, mesmo em meio aos perigos da guerra, para ajudar as pessoas “que precisam da Palavra de Deus, de amor e de esperançaâ€, explicam. “Em meio ao sofrimento – concluem – experimentamos a sua paz e vemos todos os dias que Deus é fielâ€.

Representantes de vários países no Jubileu dos Movimentos, Associações e Novas Comunidades
Representantes de vários países no Jubileu dos Movimentos, Associações e Novas Comunidades   (@Vatican Media)

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09 junho 2025, 08:54