Cardeal Makrickas: com Francisco, tocamos a proximidade de Deus
Alessandro Di Bussolo - Vatican News
Durante 12 anos, toda a Igreja, de diferentes maneiras, por meio dos “gestos significativos” do Papa Francisco, “de suas palavras sábias e de seu sorriso radiante, pôde experimentar a proximidade, a ternura e a misericórdia de Deus”. E "o fluxo interminável de pessoas" que, há quase um mês, na Basílica de Santa Maria maior expressam "gratidão" por tudo o que Francisco nos deixou, rezando diante do seu túmulo, o fazem "por aqueles seus gestos, por aquelas suas palavras, por aquele seu sorriso". Mas, sobretudo, porque a sua vida esteve sempre unida “àquela de Jesus: como um ramo unido à videira”. Essas são as palavras da comovente recordação do cardeal Rolandas Makrickas, arcipreste coadjutor da basílica liberiana, na homilia da missa em sufrágio do Papa Francisco, presidida no altar papal, um mês após a morte do Pontífice argentino, em 21 de maio.
A alma na casa do Pai e o corpo na casa de Maria
O cardeal lituano, falando a poucos metros do túmulo do Papa Bergoglio, no corredor lateral da Basílica Mariana, entre a Capela Paulina e a Capela Sforza, enfatizou como é belo o fato de que, depois de uma longa vida “inteiramente dedicada ao serviço do povo de Deus, como sacerdote, religioso jesuíta, bispo e Papa”, hoje a sua alma está “na casa do Pai e o corpo na casa de Maria”. E em memória de Francisco, diante de milhares de fiéis, ele relê o Evangelho proposto pela liturgia do dia, no qual Jesus usa a imagem da videira e dos ramos para falar aos discípulos sobre sua relação com Ele.
Uma vida que produz muitos frutos para a Igreja
A vida e o apostolado do Pontífice que voltou à Casa do Pai em 21 de abril, para o cardeal Makrickas, produziram e continuam a “produzir muitos frutos para a Igreja”, e suas palavras e gestos entraram profundamente no coração dos fiéis porque ele “realmente se tornou um com Cristo, inseparavelmente, na alegria e na tristeza - como um ramo com a videira”. E as muitas pessoas que continuam diante do seu túmulo “estão unidas a ele e, por meio dele, a Cristo”, porque Francisco “soube tornar Cristo presente a todos os homens, testemunhando-o todos os dias, até a sua última hora”. Unidos ao Papa, unidos a Cristo. Como os ramos com a videira".
Entrega diária à proteção de Maria
O arcipreste coadjutor da Basílica de Santa Maria Maior recorda que o Papa falecido há um mês começava “cada um de seus dias com a hora da adoração, com a celebração da Eucaristia e a oração pessoal”, mas também “com uma entrega diária à proteção materna de Maria, Mãe de Deus”. Como ele, acrescentou, “esta noite pedimos à Mãe de Deus, Salus Populi Romani”, junto ao seu ícone, diante do qual Francisco rezou 126 vezes, “que ajude cada um de nós a estar unido a Nosso Senhor, com sincera humildade e generosidade em seu santo serviço”. Porque, como diz Jesus aos seus discípulos no Evangelho deste 21 de maio, o cardeal Makrickas destaca, “sem mim vocês não podem fazer nada, mas comigo vocês podem fazer muito, podem fazer tudo”.
Oração por Francisco e Leão XIV
O convite final do purpurado lituano é para rezar “pela luz eterna do Papa Francisco, servo humilde, sábio e fiel do Evangelho, e pelo novo Santo Padre, Leão XIV, para que ele possa perseverar no ministério petrino”.
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