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2024.06.27 mostra fotografica "Changes", curata da Lia e Marianna Beltrami, con il Dicastero per la Comunicazione e in collaborazione con il Dicastero per il Servizio dello Sviluppo umano integrale e il Centro di Alta Formazione Laudato Si’ 2024.06.27 mostra fotografica "Changes", curata da Lia e Marianna Beltrami, con il Dicastero per la Comunicazione e in collaborazione con il Dicastero per il Servizio dello Sviluppo umano integrale e il Centro di Alta Formazione Laudato Si’  (Lia e Marianna Beltrami, Dicastero per la Comunicazione,Dicastero per il Servizio dello Sviluppo umano integrale, Centro di Alta Formazione Laudato Si’)

Leão XIV recorda os 10 anos da Laudato Si'

Com uma mensagem nas redes sociais, o Papa Leão XIV recordou os 10 anos de um dos documentos mais importantes do pontificado do seu predecessor.

Vatican News com CNBB

“Dez anos da #LaudatoSi'. A Encíclica do Papa Francisco nos chama a renovar o diálogo sobre como estamos construindo o futuro do planeta, unindo-nos na busca por um desenvolvimento sustentável e integral, e comprometendo-nos a proteger a casa comum que Deus nos confiou.”

Com esta mensagem nas redes sociais, o Papa Leão XIV recordou os 10 anos de um dos documentos mais importantes do pontificado do seu predecessor. Não é a primeira vez que o Pontífice cita esta Encíclica. Esta semana, no dia 20 de maio, este texto esteve no centro da mensagem enviada aos participantes do II Encontro Sinodal de Reitores de Universidades para o Cuidado da Casa Comum, reunidos em evento na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) que se encerra este 24 de maio.

Há uma década o Papa Francisco presenteava o mundo com a , um documento que se tornou referência moral, espiritual e ambiental para líderes, instituições e cidadãos preocupados com o futuro do planeta. Promulgada em 24 de maio de 2015, a Encíclica permanece atual e necessária, como afirma o arcebispo de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, em recente artigo que reforça a urgência dos apelos lançados pelo pontífice.

Intitulada “sobre o cuidado da casa comum”,  é uma exortação ao compromisso ético e coletivo com a ecologia integral – um conceito que transcende a visão ambientalista tradicional ao conectar questões ambientais, sociais, econômicas e espirituais. “Apesar de promessas e acordos, ainda prevalece o interesse por lucros egoístas”, alerta dom Walmor, destacando a resistência de governos e setores econômicos em adotar mudanças profundas nos modelos de produção e consumo.

Segundo o arcebispo, a Encíclica se manteve viva nesses dez anos por insistir na conversão ecológica e na responsabilidade cidadã.

“O cuidado com a criação deve ser uma atuação de cada pessoa e todas as instituições. É também uma interpelação à prática da fé”, reforça.

Para ele, a negação da crise ecológica por parte de grupos poderosos é acompanhada por uma confiança cega nas soluções meramente técnicas, desconsiderando as dimensões éticas e espirituais do problema.

Entre os desafios apontados está a necessidade de um longo e contínuo processo educativo, ainda travado por interesses corporativos e visões limitadas. Dom Walmor cita, como exemplo, o projeto , iniciativa de motivação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que enfrenta dificuldades para ganhar força apesar de seu potencial transformador. O objetivo da campanha é mobilizar a sociedade para repensar estilos de vida e práticas econômicas em consonância com os valores da 

O arcebispo também critica a incoerência de muitos cristãos que, embora celebrem a beleza da criação divina, não repudiam práticas destrutivas como o extrativismo predatório.

“A omissão diante da urgência ambiental ameaça o bem comum e nos afasta do desenvolvimento humano sustentável”, afirma.

Para ele, a ecologia integral propõe uma nova lógica de vida e de organização social que corrige desigualdades, discriminações e exclusões.

A mensagem da Encíclica, segundo dom Walmor, não se limita a uma convocação ambiental, mas representa um chamado à fraternidade universal.

“O meio ambiente é um bem coletivo, responsabilidade de todos, e a propriedade privada deve cumprir sua função social”, relembra, ecoando os princípios sociais da Igreja.

Ao celebrar os dez anos da Laudato Si’, o arcebispo propõe um novo ciclo de reflexão e ação, com foco na educação ambiental e na formação de consciências críticas. “Só assim poderemos trilhar um caminho mais sustentável, justo e solidário”, conclui.

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24 maio 2025, 14:33