Decano do Corpo Diplomático: prontos para responder ao apelo pela paz
Benedetta Capelli – Vatican News
“Paz†é a palavra que o decano do Corpo Diplomático acreditado junto à Santa Sé, Georges Poulides, embaixador de Chipre, repetiu várias vezes em sua saudação ao Papa no início da audiência realizada na manhã desta sexta-feira (16/05), na Sala Clementina, no Vaticano. “Paz†que Leão XIV invocou várias vezes nestes primeiros dias de seu pontificado. Uma urgência diante das “sombras de conflitos que parecem incuráveisâ€, diante das “desigualdades sociaisâ€, do “egoísmoâ€, todas questões críticas que colocam à prova “os grandes sistemas internacionaisâ€, disse o decano.
Ser construtores de paz
Neste contexto, o Corpo Diplomático afirma estar “pronto para responder afirmativamente†ao apelo lançado pelo Papa “aos construtores de pazâ€, assegurando o entusiasmo com que estão “determinados a enfrentarâ€, junto com o Papa, “os inúmeros desafios que o mundo contemporâneo nos reservaâ€, afirmou Poulides.
Uma Igreja próxima da humanidade
“O Conclaveâ€, continuou o decano, “sabiamente doou ao mundo um guia espiritual e moral que amadureceu sua sensibilidade numa experiência pastoral vivida em contato direto com os desafios do nosso tempoâ€, dentre eles a pobreza, a busca pela justiça e o respeito pela dignidade humana. O olhar de Leão XIV está voltado para o mundo, para suas periferias silenciosas, para as diferentes culturas nas quais “se reconhece o compromisso de uma Igreja que deseja se aproximar cada vez mais de toda a humanidadeâ€. A esperança é que o pontificado, no Ano do Jubileu da Esperança, seja marcado pela paz, pelo amor e pela fraternidade.
A espiritualidade agostiniana
Recordando o Papa Francisco, cuja memória “permanece viva em nossos pensamentos e oraçõesâ€, o decano se deteve na espiritualidade agostiniana do Papa e nas palavras do Bispo de Hipona, que ainda hoje são “a chave para abrir as portas da pazâ€, para superar “a lógica da indiferença e da oposição, para redescobrir o caminho da compaixão como fundamento do verdadeiro diálogo entre as nações, entre as religiões, entre os homensâ€.
Feridas abertas
“Vivemos tempos cada vez mais complexosâ€, enfatizou o embaixador, “onde a humanidade se mostra frágil, desorientada e em busca de um porto seguroâ€, com um futuro incerto em que o conhecimento se expande “graças à ciência e à criatividadeâ€, mas onde “as preocupações morais e éticas da revolução da informática e da inteligência artificial†não faltam. O embaixador destacou a necessidade de empreender juntos um caminho de paz, “de construção de pontes para aliviar o sofrimento do mundo, para enfrentar os desafios da modernidade, reduzir as consequências cada vez mais devastadoras das mudanças climáticas, combater as desigualdades entre pessoas e populações que se alargam como feridas abertas, para ajudar os últimos, os indefesos e os esquecidosâ€.
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