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As homenagens do Copaju ao Papa Francisco, inclusive da magistratura do Brasil

O Comitê Pan-Americano de Juízes para os Direitos Sociais e a Doutrina Franciscana (Copaju), juntamente com cada um de seus capítulos nacionais distribuídos por todo o continente americano, ficou profundamente comovido com a partida do Papa Francisco, cuja vida e mensagem foram um farol de inspiração na luta pela dignidade humana.

Vatican News

A morte do Papa Francisco causou uma profunda comoção no Comitê Pan-Americano de Juízes e Juízas para os Direitos Sociais e a Doutrina Franciscana (Copaju), uma organização nascida com seu apoio explícito e compromisso direto. Desde a criação em 2019, o Copaju tem representado um dos legados mais visíveis do Pontífice na esfera jurídica continental. Seu firme compromisso com a justiça social, a equidade e a dignidade humana inspirou a missão do Comitê e continua a ser um eixo fundamental para a ação nas três Américas. E, mais tarde, no continente africano.

Francisco não foi apenas uma figura espiritual, mas um guia ético e político para a comunidade jurídica comprometida com os direitos sociais. Em junho de 2019, o Papa assinou pessoalmente o ato constitutivo do Copaju no Vaticano. Posteriormente, em agosto de 2023, ele elevou o Comitê ao status de associação privada de fiéis com personalidade jurídica canônica internacional, reafirmando a confiança no trabalho iniciado por juízes de todo o continente. Em , o Conselho de Administração do Copaju, liderado pelo juiz Roberto Andrés Gallardo, expressou que o Comitê é parte integrante do trabalho pontifício de Francisco e ratificou seu compromisso com a doutrina do Papa em relação à aplicabilidade dos direitos sociais.

Francisco ao assinar o documento de criação do Copaju
Francisco ao assinar o documento de criação do Copaju

Capítulo do Brasil

Cada capítulo nacional do Comitê emitiu mensagens de despedida que, além de homenagear o Papa, serviram como uma reafirmação dos seus próprios compromissos com a defesa da justiça com um rosto humano. O Capítulo do Brasil, por exemplo, enfatizou que sua tristeza era acompanhada de esperança, citando palavras bíblicas e do próprio Francisco sobre o poder de cura da justiça poética, capaz de integrar o planeta e curar os mais pobres. Eles se comprometeram a redobrar seus esforços em prol da dignidade e da paz.

Capítulo da Argentina

O Capítulo da Argentina, terra natal do Papa, relembrou a abordagem holística da ecologia social e seu constante apelo aos juízes para que se comprometam com a justiça a partir de uma ética profundamente humana. Também recordaram o discurso durante a inauguração da nova sede do Copaju em Buenos Aires, no qual destacou o papel vital do poder judiciário como a última salvaguarda contra a violação dos direitos. Eles o agradeceram por seu exemplo de amor aos pobres e aos descartados, e aceitaram o desafio de continuar a construir a paz social com firmeza e determinação.

Capítulo do Peru

O Capítulo do Peru elogiou a dimensão profética do pontificado de Francisco, destacando a visão da lei como uma ferramenta para a inclusão e a fraternidade. Eles destacaram que seu magistério não era político, mas ético, baseado na compaixão e no compromisso com os mais esquecidos. Afirmaram que continuarão a construir uma justiça inspirada no Evangelho e na Doutrina Franciscana, comprometida com os valores universais da dignidade e da equidade.

Capítulo dos Estados Unidos

O Capítulo dos Estados Unidos enfatizou que, em uma nação com uma forte tradição constitucional, a mensagem do Papa foi um lembrete de que a lei deve sempre ter uma face humana. Eles lembraram sua advertência sobre a conexão entre justiça, desenvolvimento e equidade e reiteraram seu compromisso de aplicar princípios de justiça social em benefício das comunidades mais vulneráveis. Eles enfatizaram que a visão do Papa os inspira a olhar além dos tribunais para uma justiça viva e transformadora.

Capítulo do Paraguai e do México

O Capítulo do Paraguai se uniu à homenagem por meio das redes sociais, agradecendo a Francisco por seu legado de paz, justiça social e defesa dos mais vulneráveis. O Capítulo do México, por meio de sua presidente Rebeca Xicohténcatl Corona, despediu-se dele com uma frase que resume sua ética de serviço: “quem quiser ser grande, deve servir aos outros, não se servir dos outros”.

O artigo também relembra a fundação do Copaju, destacando como, na cúpula de 2019 no Vaticano, o Papa recebeu juízes de todo o continente com generosidade e entusiasmo. Foi lá que ele expressou seu desejo de criar um comitê permanente pan-americano que permitiria que os operadores judiciais superassem o isolamento, apoiassem uns aos outros e revitalizassem sua missão. Esse gesto foi interpretado como um ato de impulso decisivo para a formação do Copaju.

Instituto Fray Bartolomé de las Casas

Outros marcos incluem o reconhecimento formal do Comitê como uma associação de fiéis e a criação do Instituto Fray Bartolomé de las Casas, sob a égide da Pontifícia Academia de Ciências Sociais, para promover o trabalho acadêmico comprometido com a justiça social. Cumprindo o mandato de Francisco no quirógrafo de 15 de agosto de 2023, o Copaju inaugurou a sede do instituto na Universidade Católica de Brasília. Nesse contexto, o presidente do Brasil, Lula da Silva, recebeu o presidente do Copaju, Roberto Gallardo; o secretário do Copaju, Gustavo Moreno; e um dos diretores do instituto, Eugenio Zaffaroni.

A partida de Papa Francisco não representa um encerramento, mas um chamado renovado para continuar seu legado. O Copaju, inspirado e fundado sob seu impulso, assume a responsabilidade de manter viva a doutrina de justiça social, colocando os excluídos no centro e defendendo um judiciário a serviço do bem comum. Seus capítulos nacionais reafirmam com veemência o compromisso com uma justiça humanizada, ética e transformadora, como sonhou e incentivou Francisco.

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02 maio 2025, 13:37