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Papa Francisco durante Viagem Apostolica Papa Francisco durante Viagem Apostolica  (ANSA)

Papa ao Dia Mundial das Missões: “mensageiros e construtores da esperançaâ€

Na mensagem para o Dia Mundial das Missões de 2025, Francisco recorda aspectos da identidade missionária cristã e a necessidade de seguir as “pegadas de Cristo, nossa esperançaâ€. Pontífice convida “os cristãos, portadores e construtores da esperança entre os povosâ€, a “renovar a missão da esperançaâ€.
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Victor Hugo Barros - Cidade do Vaticano

“Missionários da esperança entre os povosâ€. Este é o tema da mensagem do Papa Francisco para o 99° Dia Mundial das Missões, que será celebrado no próximo dia 19 de outubro.

O texto, assinado pelo Pontífice no último dia 25 de janeiro e divulgado na manhã desta quinta-feira (06/02) pela Sala de Imprensa da Santa Sé, está em sintonia com o “Ano Jubilar 2025, cuja mensagem central é a esperançaâ€. Por este motivo, afirma o Papa, o lema escolhido “recorda a cada um dos cristãos e a toda a Igreja, comunidade dos batizados, a vocação fundamental de ser mensageiros e construtores da esperança nas pegadas de Cristoâ€.

Jesus, modelo de missionário da esperança

Em sua mensagem, o Santo Padre evoca a centralidade de Jesus, “enviado do Pai, com a unção do Espírito Santo, a fim de levar a Boa Nova do Reino de Deus e inaugurar «um ano favorável da parte do Senhor» para toda a humanidadeâ€. Ele, prossegue o pontífice, “é o cumprimento da salvação para todos, especialmente para aqueles cuja única esperança é Deusâ€, o “modelo supremo de todos aqueles que, ao longo dos séculos, dão seguimento à missão recebida de Deus, mesmo no meio de provações extremasâ€. 

A mensagem convida a Igreja a seguir o exemplo do Senhor, e “a avançar, unida a Ele, neste caminho missionário e a escutar, como Ele e com Ele, o grito da humanidade, ou melhor, o gemido de toda a criatura que espera a redenção definitivaâ€.

O Santo Padre recorda ainda a vocação missionária de cada batizado, chamando os cristãos a se tornarem “com Ele e n’Ele, sinais e mensageiros de esperança para todos, em qualquer lugar e circunstância que Deus nos concede viverâ€. “Que cada um dos batizados, discípulos-missionários de Cristo, faça brilhar a Sua esperança em todos os cantos da terra!â€, clama Francisco.

Construtores de esperança

Recordando o Concílio Vaticano II, o pontífice lembra que “no seguimento de Cristo Senhor, os cristãos são chamados a transmitir a Boa Nova, partilhando as condições concretas de vida daqueles que encontram e tornando-se assim portadores e construtores de esperançaâ€. Esta missão, segundo o Papa, é especialmente necessária em locais que apresentam, nos dizeres do Santo Padre, “graves sintomas de crise do humano: sensação generalizada de desorientação, solidão e abandono dos idosos, dificuldade em encontrar disponibilidade para ajudar quem vive ao nosso ladoâ€. A mensagem recorda que, diante destes desafios, “o Evangelho, vivido em comunidade, pode devolver-nos uma humanidade íntegra, saudável e redimidaâ€.

Renovando o convite para a concretização das ações indicadas na Bula Spes non confundit, de proclamação do Jubileu de 2025, o Papa pediu “especial atenção aos mais pobres e fracos, aos doentes, aos idosos, aos excluídos da sociedade materialista e consumistaâ€. Francisco anima a “fazê-lo com o estilo de Deus, ou seja, com proximidade, compaixão e ternura, cuidando da relação pessoal com os irmãos e irmãs na situação concreta em que se encontram. Então, serão eles a ensinar-nos muitas vezes a viver com esperançaâ€, garante.

Uma urgência renovada

Diante destes cenários, o Papa afirma ser urgente a missão da esperança. Nela, “os discípulos de Cristo são os primeiros convocados a formar-se para serem “artesãos†de esperança e restauradores de uma humanidade, frequentemente, distraída e infelizâ€.

Para Francisco, a renovação da esperança passa pela renovação da espiritualidade pascal, “que vivemos em cada celebração eucarística e especialmente no Tríduo Pascal, centro e cume do ano litúrgicoâ€. Neste mistério, prossegue o pontífice, “tiramos continuamente a força do Espírito Santo, com o zelo, a determinação e a paciência para trabalhar no vasto campo da evangelização do mundoâ€.

Missionários da esperança: “homens e mulheres de oraçãoâ€

Rememorando a figura do Venerável Cardeal Van Thuan - vietnamita detido por 13 anos nas prisões do regime comunista - o Santo Padre afirma “que a oração é a primeira ação missionária e, ao mesmo tempo, «a primeira força da esperança»â€.

Em seu texto, o Papa convida a renovar “a missão da esperança a partir da oração, sobretudo daquela que se faz com a Palavra de Deus e, de modo particular, com os Salmos, que são uma grande sinfonia de oração cujo compositor é o Espírito Santoâ€. “Rezando, mantemos viva em nós a centelha da esperança, que foi acesa por Deus para que se torne um grande fogo, iluminando e aquecendo todos os que nos rodeiam, também através de ações e gestos concretos inspirados pela mesma oraçãoâ€, recomenda o pontífice.

Sinodalidade missionária

Finalizando sua mensagem, o Santo Padre afirma que “a evangelização é sempre um processo comunitário, como o caráter da esperança cristãâ€. Reforça ainda a necessidade da “construção de comunidades cristãs através do acompanhamento de cada batizado a caminho nas vias do Evangelhoâ€.

Insistindo na “sinodalidade missionária da Igreja†e na “responsabilidade missionária dos batizadosâ€, o Papa convidou todos os fiéis “crianças, jovens, adultos, idosos – a participar ativamente na comum missão evangelizadora com o testemunho da vossa vida e oração, com os vossos sacrifícios e a vossa generosidadeâ€, conclui.

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06 fevereiro 2025, 12:04