Papa pelo Dia Mundial dos Legumes: alimentar todos de forma saudável para acabar com a fome
Andressa Collet - Vatican News
Nesta sexta-feira (12), o Papa Francisco enviou uma mensagem para um , que marca o Dia Mundial dos Legumes, instituído pela ONU e celebrado na última quarta-feira (10), já que as leguminosas são consideradas aliadas indispensáveis na luta contra a pobreza e a favor da segurança alimentar em nível mundial. Desde 2019, a data é promovida pela , a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.
A dedicação da mulher do campo
A mensagem do Papa, dirigida ao diretor-geral da FAO, autoridades e representantes diplomáticos, foi assinada por dom Paul Richard Gallagher, secretário das Relações com os Estados. O Pontífice começou o texto agradecendo pela iniciativa que também destaca “o papel fundamental das mulheres do campo na produção e distribuição de alimentos através de mecanismos cooperativos que, em essência, encontram a sua razão e força no amor ao próximo e no trabalho conjuntoâ€.
Isso porque, procurou explicar o Papa, os legumes são os frutos ou vagens que são colhidos “não por corte, mas tirando das plantas com a mãoâ€. É um trabalho que evoca naturalmente as mãos ásperas, devido ao contato com a terra e os climas rigorosos, em horários inconvenientes, que os trabalhadores rurais, particularmente as mulheres, fizeram e continuam fazendoâ€.
Um exemplo concreto que vem das mulheres rurais e indígenas, comentou o Pontífice, que “têm muito a nos ensinar sobre como o esforço e o sacrifício nos permitem construir, junto ao outro e não por causa do outro, redes que garantam o acesso aos alimentosâ€.
O potencial nutritivo dos legumes
Os legumes colhidos no campo, em particular, além de serem simples e nutritivos, “são um alimento nobre com um enorme potencialâ€, “desprovidos de orgulho e não refletem o luxo, enquanto são um componente essencial de dietas saudáveisâ€, disse o Papa, que citou: “lentilha, feijão, ervilha e grão-de-bico podem ser encontrados nas mesas de muitas famílias, porque conseguem satisfazer várias necessidades proteicas em nossas dietas diáriasâ€.
Infelizmente, porém, Francisco recordou que “ainda há muitas pessoas, entre as quais não podemos esquecer as crianças, que não têm acesso aos recursos mais básicos e carecem de alimentação saudável suficienteâ€. É a fome, afirmou ele, sobretudo agravada pela pandemia, que “não deixa de assolar muitas regiões do mundo com o seu flagelo mortalâ€.
O Papa, então, reforçou na mensagem que seguir uma alimentação saudável “deveria ser um direito universalâ€. Para isso, o papel dos países é fundamental para alcançar esse objetivo “e para incentivar políticas de educação pública que promovam a inclusão de alimentos nutritivos†nas dietas, como os próprios legumes.
E, citando o escritor argentino Jorge Luis Borges, o Papa convidou todos a desenvolver a arte de cada um, transformando-a numa esperança palpável para dar de comer a quem precisa: unindo forças “para acabar, de uma vez por todas, com a fomeâ€.
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