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Papa às Superioras Gerais: não há Páscoa sem missão

“Ninguém pode roubar nossa paixão pela evangelização. Não há Páscoa sem missãoâ€, são palavras do Santo Padre no seu discurso preparado às participantes na XXI Assembleia Plenária da União Internacional das Superioras Gerais (UISG)

Manoel Tavares - Cidade do Vaticano

O Santo Padre concluiu sua série de atividades, na manhã desta sexta-feira (10/5), recebendo, na Sala Paulo VI, cerca de 900 participantes na XXI Assembleia Plenária da União Internacional das Superioras Gerais (UISG), provenientes de diversas partes do mundo.

O Papa Francisco preparou um discurso em espanhol, mas não o leu e o entregou para ser distribuído aos presentes, preferindo falar espontaneamente.

No seu discurso preparado, o Papa desejou a todos uma santa Páscoa, plena de paz, alegria e paixão, ao levar o Evangelho a todos os cantos da terra. Ninguém pode roubar nossa paixão pela evangelização. Não há Páscoa sem missão: “Ide e pregai o Evangelho a todos os homensâ€.

Cristo, fonte de alegria

E, dirigindo-se de modo particular às Superioras, Francisco as exortou a ir e anunciar Cristo ressuscitado como fonte de alegria, que ninguém e nada podem nos tirar; a renovar seu encontro com Jesus e ser suas testemunhas; a levar aos homens e mulheres, amados pelo Senhor, sobretudo aos que são vítimas da cultura da exclusão, a doce e confortadora alegria do Evangelho.

Diante da diminuição do número de vocações à vida consagrada, sobretudo a feminina, disse Francisco, a tentação é de desanimar e se resignar. Neste contexto, difícil para a Vida Religiosa, encorajou-as a não ter medo de serem poucas, mas medo de não serem sal, que dá sabor à vida dos homens e mulheres da nossa sociedade.

Mas recordou-lhes: “Há muita gente que precisa e espera por vocês; precisa do seu sorriso amigo, que dá confiança; das suas mãos, que os sustentam em sua caminhada; da sua palavra, que semeia esperança em seus corações; do seu amor, como o de Jesus, que cura as profundas feridas causadas pela solidão, rejeição e exclusãoâ€.

Abrir novos caminhos

Depois, Francisco exortou as Religiosas a jamais cederem à tentação da autossuficiência, mas a desenvolver sua fantasia na promoção da caridade e da fidelidade aos seus carismas; a abrirem novos caminhos para levar o Evangelho às diferentes culturas, aos que vivem e trabalham nas várias esferas da sociedade e a prestarem seu serviço de modo discreto e humilde, sempre animadas pela oração pessoal e comunitária, e pela Palavra do Senhor.

O Santo Padre afirmou ainda que “entre os valores essenciais da vida religiosa se destacam a vida fraterna comunitária, a comunicação, a correção fraterna, vida sinodal, acolhida e respeito na diversidadeâ€.

Vida fraterna em comunidade

Aqui, o Santo Padre expressou sua preocupação com a vida fraterna em comunidade, onde as diversas raças e costumes são vistos como ameaça e conflito de gerações, ao invés de um enriquecimento.

Por fim, o Papa expressou seu reconhecimento pelo precioso serviço que as Religiosas prestam em âmbito eclesial, mas, sobretudo, nas periferias do mundo: “A periferia da educação, onde educar é sempre um ganho para Deus; a periferia da saúde, na qual são servas e mensageiras de uma vida digna; a periferia do trabalho pastoral, onde vocês testemunham o Evangelho com suas vidas e manifestam o rosto materno da Igrejaâ€.

Francisco concluiu seu discurso encorajando as Religiosas a cultivar a paixão por Cristo e pela humanidade, sem a qual a vida religiosa e consagrada não tem sentido; a zelar pela boa formação e o discernimento da sua vocação e a viver, com alegria, a sua consagração.

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10 maio 2019, 12:50