Nova proposta de trégua dos EUA. Hamas diz estar pronto para negociar
Paola Simonetti – Vatican News
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reaviva a diplomacia e envia uma nova proposta de cessar-fogo ao Hamas e a Israel para resolver o conflito na Faixa de Gaza. O anúncio foi feito em sua rede social Truth, onde ele resume os pontos principais do acordo: a libertação de todos os reféns em troca de prisioneiros palestinos, o cancelamento da operação militar de Israel em Gaza e negociações concretas para pôr fim à guerra.
A posição de Israel
Um esboço de acordo que, segundo fontes autorizadas próximas ao governo de Benjamin Netanyahu, Israel estaria considerando seriamente, também no contexto das muitas manifestações dos familiares dos sequestrados que pressionam por uma resolução rápida das hostilidades. De fato, a reação do Fórum das Famílias pelo Retorno dos Reféns foi imediata, definindo a iniciativa de Trump como uma “virada histórica” e solicitando imediatamente ao governo israelense que anunciasse seu “apoio incondicional ao acordo que está tomando forma”.
Hamas aberto ao diálogo
O Hamas também se mostrou disposto a sentar-se imediatamente à mesa das negociações, mas impôs suas condições: libertaria todos os reféns em troca de uma declaração oficial do fim da guerra, da retirada completa das forças israelenses da Faixa de Gaza e da criação de um comitê para a gestão da área por elementos palestinos independentes.
A guerra não para
Continua o avanço das forças israelenses sobre a cidade de Gaza, com a destruição de vários edifícios altos, considerados pelo exército como bases dos membros do Hamas, e ordens peremptórias de evacuação para os civis. Foram atingidas casas, tendas e uma escola-abrigo. Só ontem, pelo menos 52 pessoas morreram.
Denúncia da ONU: “Retórica genocida” dos líderes de Israel
Entretanto, surge uma nova denúncia da ONU contra Israel, cujos líderes foram acusados hoje por Volker Türk, Alto Comissário para os Direitos Humanos, de alimentar “uma retórica genocida” na Faixa de Gaza, conforme relatado, entre outros, pela mídia britânica. Um território já reduzido a “um cemitério”, acrescentou Türk, ao abrir em Genebra a 60ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU e invocando uma resposta mais decisiva da comunidade internacional para “pôr fim ao massacre”: “Estou horrorizado com o uso aberto de uma retórica genocida e com a vergonhosa desumanização dos palestinos por parte de altos funcionários israelenses”.
Um atentado em Jerusalém Oriental causa pelo menos seis mortos
A tensão volta a ser muito alta nestas horas também em Jerusalém Oriental. Em um tiroteio em um ônibus no bairro de Ramot, causado por dois homens armados, pelo menos seis pessoas foram mortas; 11 ficaram feridas. Os dois agressores também morreram, mortos por um soldado e um civil (um haredi) armado. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, convocou os chefes de segurança, e as Forças de Defesa de Israel (IDF) imediatamente cercaram algumas aldeias próximas a Ramallah, de onde os dois terroristas eram originários.
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