Alemanha pronta para reconhecer o Estado palestino
Vatican News
A Alemanha também está aberta ao reconhecimento de um Estado palestino. O ministro das Relações Exteriores, Johann Wadephul, de partida para uma missão no Oriente Médio, declarou na quinta-feira que o reconhecimento de um Estado palestino ocorrerá "ao final das negociações para uma solução de dois Estados", mas que "esse processo deve começar agora". Wadephul - que se encontrou com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu em Jerusalém e esta sexta-feira com o presidente palestino Mahmoud Abbas em Ramallah - disse que "Israel deve sempre encontrar amigos", pois corre o risco de ficar diplomaticamente isolado, "e se há um país que tem a responsabilidade de impedir isso, na minha opinião, é a Alemanha".
Uma iniciativa compartilhada na Europa
A abertura de Berlim segue a iniciativa da França, que estes dias copatrocinou uma conferência das Nações Unidas com a Arábia Saudita para o reconhecimento do Estado palestino. Nesse sentido, vale destacar também que a Eslovênia anunciou que proibirá o comércio de armas com Israel. Liubliana é o primeiro país da UE a tomar essa decisão devido ao que está acontecendo em Gaza.
Massacres contínuos em Gaza
Enquanto isso, os assassinatos na Faixa de Gaza continuam incessantes. Pelo menos 10 palestinos, segundo fontes hospitalares reportadas à Al Jazeera, foram mortos desde o alvorecer desta sexta-feira em ataques do exército israelense a Gaza. Pelo menos duas das vítimas aguardavam ajuda humanitária perto do Corredor de Morag, ao sul de Khan Younis. Mais de 70 pessoas ficaram feridas neste ataque, relata a emissora. Essas vítimas se somam às cerca de 100 registradas no dia anterior, muitas delas perto de centros de distribuição de ajuda.
Relatório da ONU
1.373 palestinos foram mortos desde 27 de maio, principalmente por forças israelenses, enquanto aguardavam para receber ajuda. É o que se lê num comunicado da agência das Nações Unidas para os territórios palestinos. Destes, "859 estavam perto de locais da Fundação Humanitária de Gaza e 514 ao longo de rotas de comboios", especifica.
A posição dos EUA
Em meio a esse contexto de fome e devastação, o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, chegou a Gaza na manhã desta sexta-feira para inspecionar um centro de distribuição de ajuda humanitária em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, administrado pela instituição estadunidense Fundação Humanitária de Gaza (GHF). "A maneira mais rápida de acabar com a crise humanitária em Gaza é a rendição do Hamas e a libertação dos reféns", declarou Trump na noite desta quinta-feira na plataforma de mídia social Truth. Mas o Hamas mantém a porta fechada por enquanto: "Estamos prontos para retomar as negociações imediatamente, assim que a crise humanitária e a fome em Gaza terminarem. Continuar os contatos em tempos de penúria os torna inúteis."
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp