Um duro confronto na Casa Branca entre Trump e Zelensky
Silvia Giovanrosa - Vatican News
Reunidos no Salão Oval na sexta-feira, 28 de fevereiro, diante de jornalistas de todo o mundo, o presidente ucraniano Volodymir Zelensky e o presidente norte-americano Donald Trump e o seu vice JD Vance, discutiram acaloradamente à beira de uma briga. Os dois presidentes levantaram a voz várias vezes e interromperam um ao outro com frequência. Trump e Vance atacaram duramente Zelensky, pedindo-lhe que demonstrasse mais respeito e gratidão pelos EUA, que tentam trabalhar para trazer a paz ao seu país. “Você está jogando com a vida de milhões de homens” e "jogando com a possibilidade da Terceira Guerra Mundial", foram algumas das palavras dirigidas pelo chefe da Casa Branca ao presidente ucraniano. No final da conversa, Trump convidou Zelensky a deixar a Casa Branca. O presidente ucraniano não foi acompanhado por nenhum de seus convidados, sob o olhar perplexo de toda a delegação ucraniana que o acompanhava.
As reações após o encontro
Como primeira consequência da reunião, Donald Trump disse que estava considerando suspender todas as remessas de ajuda militar em andamento para a Ucrânia, disseram fontes da administração dos EUA ao Washington Post. A decisão, se tomada, afetaria bilhões de dólares em radares, veículos, munições e mísseis que aguardam para serem enviados à Ucrânia por meio da autoridade presidencial que pode retirar dos arsenais do Pentágono. Em uma publicação em seu próprio site de mídia social Truth, Trump chamou a reunião de muito significativa. De acordo com sua opinião, surgiu uma incompatibilidade substancial entre as duas posições: “percebi que Zelensky não está pronto para a paz”, diz a postagem, “ele pode voltar quando estiver pronto”. Uma postagem na conta do presidente ucraniano dizia: “obrigado Estados Unidos, obrigado pelo seu apoio, obrigado por essa visita”. “A Ucrânia precisa de uma paz justa e duradoura, e estamos trabalhando exatamente para isso”, concluiu.
A reação da Europa
Os líderes dos principais países europeus enviaram mensagens de solidariedade ao povo ucraniano e ao seu presidente. O primeiro, em ordem cronológica, foi o primeiro-ministro polonês Donal Tusk, que assegurou à Ucrânia que ela não estava sozinha. Depois dele, vieram os líderes da Espanha, Alemanha, Lituânia e Estônia. De Moscou, a reunião foi descrita como “histórica”.
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