Cruz, BÃblia e alianças na imagem da canonização do primeiro Santo de Papua Nova Guiné
Vatican News com Agência Fides
Na mão direita, a Bíblia Sagrada; na esquerda, as alianças. No pescoço, a cruz de catequista. Estes são os três símbolos que caracterizam o novo retrato oficial de Pedro To Rot, o primeiro santo da Papua-Nova Guiné que será canonizado no domingo, 19 de outubro, na Praça de São Pedro, pelo Papa Leão XIV. O anúnico da data da canonização de Tol Rot deu-se durante o Consistório Público Ordinário de 13 de junho do corrente, oportunidade em que Leão XIV havia confirmado as canonizações de Carlo Acutis e Pier Giorgio Frassati para o domingo, 7 de setembro.
A imagem, que em breve será transformada em uma tapeçaria a ser exibida na fachada da Basílica no Vaticano no dia da canonização, foi criada pelo pintor espanhol Raúl Berzosa Fernández e encomendada pelo Pe. Tomas Ravaioli, missionário do Instituto do Verbo Encarnado (IVE), vice-postulador da Causa de Canonização, e foi revelada aos fiéis papuas nestes dias.
O retrato, como explicado pela Conferência Episcopal da Papua-Nova Guiné e das Ilhas Salomão, "é uma representação fiel do jovem catequista". Baseado "na única fotografia conhecida de To Rot", reúne em uma única imagem a história do catequista-mártir. Um catequista que, como afirmou padre Ravaioli à Agência Fides, é "uma bússola para a qual olhar" nestes tempos em que "o matrimônio e a família estão sob ataque e sofrem todo tipo de distorção".
As alianças, representadas em sua mão esquerda, simbolizam seu sacrifício em defesa do matrimônio católico. To Rot foi preso e depois martirizado por se opor à poligamia e por apoiar a união sacramental entre homem e mulher. A Bíblia, em sua mão direita, ressalta a dedicação de To Rot à Palavra de Deus: nutrido diariamente pela Sagrada Escritura e pela Eucaristia, ele extraiu força dessas fontes para enfrentar a perseguição.
A cruz de catequista, usada em volta do pescoço e colocada no centro do peito, é um sinal de sua fé inabalável. Durante a guerra, muitos catequistas esconderam essas cruzes por medo de retaliações dos japoneses que ocupavam a ilha. To Rot, no entanto, a usava com orgulho, pedindo que o crucifixo que tinha em casa lhe fosse entregue antes de sua execução. Suas palavras de despedida para sua esposa, Paula, foram: "Traga-me o crucifixo de catequista que temos em casa."
A decisão de confiar o retrato do Santo a Raúl Berzosa Fernández, um mestre do realismo moderno, explica a Conferência Episcopal, não se deve apenas à sua fama: o artista, aliás, "é conhecido mundialmente por suas obras religiosas que adornam igrejas em todos os continentes. Com reputação de naturalismo vívido e composições profundamente espirituais, a obra final de Berzosa presta homenagem ao amor de To Rot por Cristo."
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