Sobe para 50 número de mortos em ataque a mesquita e vilarejos na ±·¾±²µÃ©°ù¾±²¹
Vatican News com Agência Fides
"A população do Estado de Katsina merece viver em segurança, não no medo." Farouk Lawal Jobe, governador em exercício de Katsina, dirigiu um apelo ao presidente da Federação Nigeriana, Bola Tinubu, para que adore as medidas necessárias para enfrentar a dramática insegurança que afeta este Estado, localizado no extremo norte da Nigéria.
"Pedimos respeitosamente ao presidente que dar as ordens apropriadas a todas as agências de segurança para pôr fim, de forma decisiva, aos ataques indiscriminados contra nossas comunidades pacíficas", acrescentou Jobe.
O massacre mais recente ocorreu na mesquita de Unguwar Mantau, onde pelo menos 30 pessoas foram mortas nas primeiras horas de 19 de agosto. Outras 20 foram queimadas em povoados vizinhos.
Segundo fontes locais, o massacre foi perpetrado por um grupo de bandidos em retaliação à morte de alguns de seus cúmplices por moradores do povoado, no último fim de semana. Os bandidos estavam prestes a atacar a localidade quando os moradores, avisados ​​com antecedência, os emboscaram, matando vários membros do grupo. Os bandidos atacaram durante o horário de oração, surpreendendo os moradores.
Tais ataques são comuns nas regiões noroeste e centro-norte da Nigéria, onde agricultores e pastores, de maioria Fulani, frequentemente entram em conflito por acesso limitado a terra e água. Os agricultores acusam os pastores, em sua maioria de origem Fulani, de pastorear seus rebanhos em suas fazendas e destruir seus produtos. Os pastores insistem que as terras são rotas de pastagem, inicialmente apoiadas por lei em 1965, cinco anos após a independência do país. Além desse conflito, a Nigéria está lutando para conter os insurgentes do Boko Haram no nordeste, onde cerca de 35.000 civis foram mortos e mais de 2 milhões foram deslocados, de acordo com as Nações Unidas
Um ataque no mês passado no centro-norte da Nigéria matou 150 pessoas. O conflito se tornou mais mortal nos últimos anos, com autoridades e analistas alertando que mais pastores estão pegando em armas
No último fim de semana, o bombardeio da Força Aérea Nigeriana em Jigawa Sawai, perto da fronteira com o estado de Zamfara, contra o esconderijo de um grupo criminoso, permitiu a fuga de 62 pessoas sequestradas. Muitas delas foram capturadas durante um ataque noturno em 11 de agosto, no povoado de Sayaya, por um grupo dos Fulani. Também em 11 de agosto, bandidos Fulani atacaram a Igreja paroquial de São Paulo em Aye-Twar.
"O ataque bárbaro de 11 de agosto de 2025 interrompeu definitivamente todas as atividades pastorais, já que todas as 26 estações paroquiais estavam ocupadas por pastores armados há algum tempo", disse o Pe. Samuel Fila, presidente da Nigerian Catholic Diocesan Priests’ Association (Associação de Padres Diocesanos Católicos Nigerianos - NCDPA) da Diocese de Katsina-Ala. O ataque profanou e destruiu a igreja paroquial, queimou o escritório paroquial e a casa canônica, e saqueou ou destruiu propriedades e veículos paroquiais.
A insegurança está tendo um impacto severo no sistema educacional do Estado. De acordo com um estudo recente da Oxford Policy Management, entre 2020 e 2025, aproximadamente 330 estudantes foram sequestrados, 14 professores foram sequestrados, outros cinco foram assassinados e 52 escolas foram forçadas a fechar nas áreas de governo local (LGAs) de Batsari, Faskari e Kankara.
Uma das causas da insegurança que assola o eEtado de Katsina é a precária segurança da fronteira com o Níger, que permite a passagem de elementos jihadistas, gangues armadas e mercadorias contrabandeadas. Nas últimas horas, a alfândega local anunciou a apreensão de uma quantidade significativa de medicamentos importados ilegalmente, incluindo Tramadol, um analgésico vendido no mercado ilegal de narcóticos.
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