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Vatican News

Bombardeios, vítimas, destruição e um povo que pede ajuda de todos os tipos. Essa é Gaza, um lugar de dor e morte, mas onde, apesar de tudo, continuam a 鈥渞ezar pela paz鈥�. A voz do Pe. Gabriel Romanelli, pároco da Sagrada Família, chega da igreja da cidade de Gaza. Zona 鈥減erigosa鈥�, diz Romanelli à mídia vaticana, 鈥渙uvem-se bombardeios dia e noite. Alguns distantes, outros mais próximos. Às vezes, chegam até estilhaços鈥�, porque 鈥渋nfelizmente a guerra continua. E, com a guerra, todos os dias se somam mortos, feridos, destruições e crescem as necessidades de todo tipo para toda a população civil de Gaza鈥�. O pároco argentino precisa ainda que 鈥渘ão houve ordem de evacuação nesta área do nosso bairro, a da Cidade Velha de Gaza, dentro do grande bairro de Zeytoun鈥�.

62 mil mortos desde 2023

Os mortos em Gaza, desde o início da guerra em 2023, ultrapassaram os 62 mil, a maioria mulheres e crianças, enquanto os feridos são mais de 150 mil. Números que aumentam a cada hora, pensando nas mais de 25 vítimas desta terça-feira (19/08), mortas enquanto aguardavam a entrega de ajuda humanitária, ou pela fome, como três idosos nas últimas 24 horas. E neste 19 de agosto, dedicado aos trabalhadores humanitários mortos no mundo em 2024, é oficializado que o maior número de mortos, 185 de um total global de 383, é registrado justamente em Gaza, na guerra entre Israel e o Hamas. A informação é do escritório humanitário das Nações Unidas, cujo responsável, Tom Fletcher, define os ataques como 鈥渦ma acusação vergonhosa de inação e apatia internacional鈥�, pedindo ao mesmo tempo que 鈥渜uem detém poder e influência aja em prol da humanidade, proteja os civis e os operadores humanitários e leve os responsáveis à justiça鈥�.

Hamas aceita o cessar-fogo

Entretanto, o Hamas teria declarado a intenção de aceitar uma proposta de cessar-fogo. Em um comunicado, Taher al Nunu, líder do movimento palestino, indica que o acordo inclui 鈥済arantias por parte dos Estados Unidos, que foram aceitas鈥�, acrescentando que a esperança é que a proposta 鈥渓eve ao fim da guerra鈥�, visando uma 鈥渕aior proteção dos civis em Gaza e o alívio do sofrimento humanitário a que a população está sujeita devido à prolongada ocupação israelense鈥�. A proposta será implementada 鈥渁ssim que receber o sinal verde da outra parte鈥�, precisou Taher al Nunu. Os mediadores do Catar e do Egito propõem uma trégua inicial de 60 dias para iniciar as negociações e a libertação de um certo número de reféns, vivos ou mortos, em troca da libertação parcial de prisioneiros.

Enquanto isso, está chegando ao porto israelense de Ashdod um navio com bandeira panamenha, partido de Chipre e carregado com 1.200 toneladas de alimentos destinados à Faixa de Gaza, divididos com produtos como massa, arroz, alimentos para bebês e produtos enlatados.