Bispo Jallouf: ãDz da í olham para o futuro com confiança
Stefano Leszczynski – Vatican News
Recém-chegado a Roma após o Meeting 2025 na cidade italiana de Rimini, um encontro sobre a amizade entre os povos, onde foi protagonista de um painel e aplaudido junto com o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, o vigário apostólico de Aleppo, dom Hanna Jallouf, destaca a melhoria progressiva da situação econômica e social no país.
Os cristãos fazem parte da mudança
O novo governo, liderado pelo presidente Ahmed al-Sharaa, iniciou um processo político que inclui plenamente os cristãos no processo de normalização da vida social e no caminho da reconstrução do país. “As informações que chegam à mídia ocidental muitas vezes dão uma perspectiva que não coincide com a realidade que estamos vivendo”, explica dom Jallouf. “Não há perseguição contra os cristãos, pelo contrário, o governo quer nossa participação na vida política da nova Síria e nomeou uma mulher cristã como ministra de Assuntos Sociais e Trabalho”. No entanto, a mudança na Síria só pode ser gradual – ressalta o líder espiritual dos católicos latinos da Síria –, também porque ainda há muitos interesses contrários à estabilização da Síria e, além disso, há grupos que gostariam de instituir um islamismo radical no país.
Conter a pressão migratória
Entre as prioridades da comunidade cristã da Síria está também a de conter a pressão migratória, sobretudo por parte dos mais jovens, que, após tantos anos de guerra, têm dificuldade em imaginar um futuro de paz na sua pátria. “É verdade que nós, cristãos, somos uma minoria na Síria – continua o bispo –, mas devemos também ter consciência de que somos o sal desta terra. O cristianismo nasceu aqui e devemos estar ligados a este patrimônio histórico da nossa presença”.
O bispo latino da Síria lembra que também no passado houve muitas dificuldades, mas estas foram superadas permanecendo fiéis ao Evangelho: “é verdade que todos querem uma vida boa, mas o Senhor nunca disse que vocês devem ser uma elite, mas disse bem-aventurados vocês que são perseguidos por causa do meu nome”.
A confiança em um futuro de paz
Foi justamente a fidelidade ao Evangelho e aos seus valores que permitiu aos cristãos estabelecer uma relação de franqueza e abertura com o novo governo. “Soubemos dar testemunho com nosso comportamento”, explica o prelado, que também lembra como recentemente, para o Jubileu da Juventude, as Igrejas sírias conseguiram enviar uma delegação à Itália: “foi uma coisa muito bonita. Um sinal para dizer que também nós estivemos presentes e que a mensagem que devemos transmitir aos nossos jovens é a de ter confiança no seu país e ter confiança na presença cristã na Síria”.
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