Jonny Mendes, vencedor do Prêmio Catholic Music Awards 2025
Vatican News
Recebemos nos estúdios da Rádio Vaticano – Vatican News, Jonny Mendes que foi o vencedor com a melhor canção louvor e adoração da Catholic Music Awards 2025, cuja premiação foi realizada na noite deste domingo, em Roma.
Como definir Jonny? Artista, cantor, compositor, homem da Igreja. “Eu me defino muito como catequista, como missionário. A música veio agregar e contribuir para me dar essa parcela de contribuição para a Igreja. Quando ainda era criança, me apaixonei por Jesus, e a rádio teve um papel muito importante, a Rádio Aparecida. E eu, às três horas da tarde, meu pai nos reunia para a gente rezar e fazer a consagração a Nossa Senhora. Lembro até do saudoso Padre Vítor Coelho de Almeida, a voz emblemática, falando assim, lembrando da tua voz, que marcou também a minha vida. O Padre Vítor Coelho de Almeida, com ele eu fiz a consagração tantas vezes a Nossa Senhora Aparecida, e ali eu fui crescendo naquela intimidade com Deus, com Nossa Senhora. E depois da minha primeira eucaristia, eu resolvi ser catequista. Tudo que eu quero é ser catequista. E por muitos anos fui catequista na minha paróquia, a Sagrada Família de Itaguatinga, com os padres combonianos, a quem eu devo a minha formação espiritual. Depois que eu fiz a crisma, aliás, depois da crisma fui para a liturgia. Não só a catequese, mas a liturgia. Ali eu descobri que eu poderia cantar. Mas não tinha nenhuma pretensão de me tornar um artista. Tudo que eu queria é servir a Igreja como catequista e ir ali na liturgia. Aí um dia apareceu por lá uma irmã paulina e mudou a minha história".
Quantos anos já nas Paulinas? "35 anos. Estava na igreja cantando, depois da missa ela gostou da minha voz, irmã Marlene, e disse, você tem alguma música? Eu falei, tem algumas que eu arrisquei de compor. E assim eu preparei esse repertório. Enviei para as irmãs, estamos trabalhando há mais de 35 anos. Tenho como referência o nosso querido padre Zezinho, que é uma escola, que me ensinou a contemplar a beleza, o louvor, mas também não ficar indiferente às realidades humanas. Então, estou sempre ali, fazendo uma música para louvar a Deus, para cantar a beleza da espiritualidade, do louvor, da adoração, mas também contemplando as realidades. Nós sabemos que vivemos num mundo marcado por guerras e por desafios que precisamos, e que precisamos também dar uma resposta musical a esse tempo e com a vida".
Participação de um evento desse que nós tivemos aqui em Roma, como foi? â€œÉ uma surpresa, porque eu nem esperava que estaria na final. Mas agradeço a Deus. Mas eu sempre aproveito esse momento para dizer, eu só acredito na música católica dentro de uma perspectiva missionária. Fora desse contexto, é perder de vista o nosso ponto de partida e destruir a nossa vida. E destruir os nossos alicerces. A vida tem que ser leve, a música tem que ser uma música que canta com a vida. Quando a música chegar, a vida tem que ir junto. Eu fico feliz, às vezes, em alguns lugares, em poder abraçar as pessoas, conversar com elas, e entender que a música só é um detalhe para trazer essa proximidade com essas pessoas. Porque a gente fala muito mais de Deus com a vida. E essa tem que ser a canção mais bonitaâ€.
Estamos no ano jubilar. E você tem uma pequena contribuição também para esse ano. “Sabe que as coisas acontecem assim, a gente não entende. Deus tem seus mistérios. Fui visitar um bispo, dom Genivaldo Garcia, lá na Diocese de Estância, em Sergipe. Eu o conheci no seminário em Brasília. Fiz uma experiência lá. E ele depois foi sagrado bispo e eu fui visitá-lo, na Cúria. E chegando lá, para conhecer a Cúria, ele falou, vamos rezar um pouco. Aí eu falei, então aproveita e reza por mim, que eu estou precisando. O ano jubilar está vindo aí. Aí rezamos ali. E ele virou para mim e falou, Jonny, eu tenho um desafio para fazer. O bispo pedindo diante de Jesus. Você vai fazer uma música para o ano jubilar. E o que me veio no meu coração é a esperança não decepciona. Romano 5, 5. E agora? Eu falei, vou fazer. E depois de alguns dias eu mandei a música para ele. Ele gostou muito. Depois também mandei para as Paulinas. Foi aprovado o projeto. A música foi lançada essa semana. E está aí, né? Vou cantar até um pedacinho".
A esperança não decepciona.
A esperança sempre brilhará. Que brilhe a luz de Cristo em nós, peregrinos de esperança. O nosso querido, saudoso Papa Francisco nos deixou esse legado de esperança. E é isso que vai marcar essa caminhada nesse ano jubilar.
Para a gente concluir, o que significa a música na sua vida? “A responsabilidade de conduzir as pessoas para o coração de Deus. E isso também é motivo de muita alegriaâ€.
Seja sempre bem-vindo. “Muito obrigadoâ€.
A entrevista na íntegra:
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