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Festa di Santa Rita, telegramma da Cascia a Papa Leone XIV

Santa Rita de Roccaporena a Cássia: cantinho pequeno do mundo, mas de grandes coisas

Ao descrever a região italiana da vida e história de Santa Rita, na á, no dia da memória litúrgica da santa das causas impossíveis, missionária brasileira acredita que "é um cantinho do mundo muito pequeno, mas um cantinho que Deus colocou grandes coisas". Irmã Maria Atília Collet, da Família Consolata, transferiu-se de Turim à Roccaporena para, junto com outras religiosas, acolher e ouvir os milhares de peregrinos que se dirigem ao local para agradecer ou suplicar graças à Santa Rita.
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Andressa Collet - Vatican News

A Igreja e o mundo inteiro recordam nesta quinta-feira, 22 de maio, a santa das causas impossíveis, Santa Rita, que “viveu em Roccaporena e depois no Mosteiro de Cássia”, região italiana da Úmbria, como descreveu o então prefeito do Dicastério para os Bispos, cardeal Robert Prevost, hoje Papa Leão XIV, que presidiu a solene cerimônia pontifícia há exatamente um ano em Cássia (PG), que pertence à Arquidiocese de Spoleto-Norcia. Os dois, o Pontífice e Santa Rita, têm o mesmo carisma agostiniano.

"Nada é impossível para Deus, basta rezar com fé inabalável. Peçamos a paz para o mundo com a mesma fé de Santa Rita e Deus ouvirá a nossa voz."

Em 2024, o então cardeal Prevost com dom Renato Boccardo em Cássia
Em 2024, o então cardeal Prevost com dom Renato Boccardo em Cássia   (Opera di Santa Rita)

As festividades italianas na Úmbria

Neste dia da memória litúrgica de Santa Rita, as festividades começaram cedo e partindo de Roccaporena, cidade natal de Santa Rita, com a procissão histórica até a Basílica onde o cardeal vigário para a diocese de Roma, Baldo Reina, presidiu a cerimônia que foi concluída com a tradicional súplica a Santa Rita e a bênção das rosas. A missionária brasileira Maria Atília Collet, da congregação internacional da Família Consolata, há pouco mais de um mês se transferiu para Roccaporena para fazer parte da nova comunidade que acolhe e ouve os peregrinos, onde estão preservados os lugares que Santa Rita viveu desde que nasceu, cresceu e se casou. Especialmente nestes dias de maio, dedicado à santa agostiniana, muitas pessoas se dirigem a essa região montanhosa dos Apeninos, coberta por bosques, e a 5 quilômetros de distância de Cássia. No pequeno vilarejo de Roccaporena, justamente o local de nascimento da santa, fica inclusive o Scoglio della Preghiera, um cume rochoso onde Santa Rita rezava intensamente e recebia experiências místicas de encontro com Deus e os santos, como comenta Ir. Maria Atília:

"É muito sentido esse caminho de Santa Rita e já ontem daqui partiram as motocicletas com a chama da luz, anteontem teve o caminho do scoglio, onde Rita ia rezar na montanha... As atividades aqui são muito empenhativas, mas também muito bonitas, muita gente e devotos realmente que passa horas de oração nesse scoglio, que é realmente um caminho de oração. Mas todo ambiente aqui é muito sereno e pacífico, tem um senso de piedade, de oração. A gente sente a necessidade de rezar."

A Ir. Maria Atília Collet (à direita na foto) na nova casa para as missionárias da Consolata
A Ir. Maria Atília Collet (à direita na foto) na nova casa para as missionárias da Consolata   (Suore Missionarie della Consolata)

O modelo de caridade de Santa Rita

"Modelo de caridade" e "mediadora da reconciliação e da paz", como descreveu o então prefeito do Dicastério para os Bispos, cardeal Robert Prevost no ano passado, Santa Rita é um exemplo a ser imitado ainda hoje, especialmente "nestes tempos afetados pela violência da guerra, onde parece que a rivalidade e o ódio têm a última palavra". A missionária brasileira reforça o quanto a região, berço de Margarida Lotti, provavelmente por volta de 1371, chamada com o diminutivo de "Rita", tem sido destino de peregrinações. Uma santa bem popular, exemplo de perseverança na oração, que sempre acreditou que Deus faria grandes coisas em seu favor e a favor da sua família e, hoje, intercedendo por muitos e por tantas causas difíceis:

"Acho que Santa Rita é uma santa realmente conhecida no mudo inteiro e chama tantos peregrinos. Eu fico impressionada de ver tanta gente vindo de todos os países do mundo e realmente com um senso de fé e não de turismo. A maioria vem mesmo pedindo graça ou para agradecer. Isso me dá tanta iluminação e fico mesmo feliz de estar com as pessoas, sentir tanto o sofrimento como tantas alegrias ao conseguirem graças da santa, através da súplica a Santa Rita."

“Acho que esse é um cantinho do mundo muito pequeno, mas é um cantinho que Deus colocou grandes coisas.”

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Roccaporena: a cidade natal de Santa Rita
22 maio 2025, 09:52