Santa Rita de Roccaporena a C¨¢ssia: cantinho pequeno do mundo, mas de grandes coisas
Andressa Collet - Vatican News
A Igreja e o mundo inteiro recordam nesta quinta-feira, 22 de maio, a santa das causas impossíveis, Santa Rita, que ¡°viveu em Roccaporena e depois no Mosteiro de Cássia¡±, região italiana da Úmbria, como descreveu o então prefeito do Dicastério para os Bispos, cardeal Robert Prevost, hoje Papa Leão XIV, que presidiu a solene cerimônia pontifícia há exatamente um ano em Cássia (PG), que pertence à Arquidiocese de Spoleto-Norcia. Os dois, o Pontífice e Santa Rita, têm o mesmo carisma agostiniano.
"Nada é impossível para Deus, basta rezar com fé inabalável. Peçamos a paz para o mundo com a mesma fé de Santa Rita e Deus ouvirá a nossa voz."
As festividades italianas na Úmbria
Neste dia da memória litúrgica de Santa Rita, as festividades começaram cedo e partindo de Roccaporena, cidade natal de Santa Rita, com a procissão histórica até a Basílica onde o cardeal vigário para a diocese de Roma, Baldo Reina, presidiu a cerimônia que foi concluída com a tradicional súplica a Santa Rita e a bênção das rosas. A missionária brasileira Maria Atília Collet, da congregação internacional da Família Consolata, há pouco mais de um mês se transferiu para Roccaporena para fazer parte da nova comunidade que acolhe e ouve os peregrinos, onde estão preservados os lugares que Santa Rita viveu desde que nasceu, cresceu e se casou. Especialmente nestes dias de maio, dedicado à santa agostiniana, muitas pessoas se dirigem a essa região montanhosa dos Apeninos, coberta por bosques, e a 5 quilômetros de distância de Cássia. No pequeno vilarejo de Roccaporena, justamente o local de nascimento da santa, fica inclusive o Scoglio della Preghiera, um cume rochoso onde Santa Rita rezava intensamente e recebia experiências místicas de encontro com Deus e os santos, como comenta Ir. Maria Atília:
"É muito sentido esse caminho de Santa Rita e já ontem daqui partiram as motocicletas com a chama da luz, anteontem teve o caminho do scoglio, onde Rita ia rezar na montanha... As atividades aqui são muito empenhativas, mas também muito bonitas, muita gente e devotos realmente que passa horas de oração nesse scoglio, que é realmente um caminho de oração. Mas todo ambiente aqui é muito sereno e pacífico, tem um senso de piedade, de oração. A gente sente a necessidade de rezar."
O modelo de caridade de Santa Rita
"Modelo de caridade" e "mediadora da reconciliação e da paz", como descreveu o então prefeito do Dicastério para os Bispos, cardeal Robert Prevost no ano passado, Santa Rita é um exemplo a ser imitado ainda hoje, especialmente "nestes tempos afetados pela violência da guerra, onde parece que a rivalidade e o ódio têm a última palavra". A missionária brasileira reforça o quanto a região, berço de Margarida Lotti, provavelmente por volta de 1371, chamada com o diminutivo de "Rita", tem sido destino de peregrinações. Uma santa bem popular, exemplo de perseverança na oração, que sempre acreditou que Deus faria grandes coisas em seu favor e a favor da sua família e, hoje, intercedendo por muitos e por tantas causas difíceis:
"Acho que Santa Rita é uma santa realmente conhecida no mudo inteiro e chama tantos peregrinos. Eu fico impressionada de ver tanta gente vindo de todos os países do mundo e realmente com um senso de fé e não de turismo. A maioria vem mesmo pedindo graça ou para agradecer. Isso me dá tanta iluminação e fico mesmo feliz de estar com as pessoas, sentir tanto o sofrimento como tantas alegrias ao conseguirem graças da santa, através da súplica a Santa Rita."
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