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O custódio da Terra Santa ao celebrar a missa do primeiro domingo de Advento O custódio da Terra Santa ao celebrar a missa do primeiro domingo de Advento 

Terra Santa: manter a esperança viva mesmo quando o mal se instala

O Padre Francesco Patton, custódio da Terra Santa, presidiu a missa do primeiro domingo de Advento na Igreja de Santa Catarina, ao lado da Basílica da Natividade em Belém. Durante a homilia, citou o testemunho de um jovem refugiado da paróquia de Gaza, que escreveu ao jornal vaticano L'Osservatore Romano: “rezamos todos os dias pela paz e pela segurança em nosso país e em todo o mundo. Temos certeza de que essa guerra terminará muito em breve e os dias que virão serão melhores”.

Roberto Cetera - Belém

Cerca de mil pessoas participaram na manhã de domingo (01/12) na Igreja de Santa Catarina, adjacente à Basílica da Natividade em Belém, da missa solene presidida pelo custódio da Terra Santa, Padre Francesco Patton, para o início do Advento a poucos metros da gruta onde Jesus nasceu.

Uma atmosfera era bem diferente da do ano passado, quando - apenas dois meses após o início da guerra - a população de Belém sentia grande tensão e medo. Atualmente, por outro lado, alguns sinais de esperança estão começando a surgir entre as pessoas tão duramente atingidas pela situação econômica, devido ao vazamento de notícias sobre a retomada das negociações - mediadas pelo Egito - para chegar a uma trégua nos combates.

Manter a esperança viva

Foi justamente o tema da esperança o foco da homilia do custódio que nos exortou, neste tempo de espera que nos separa do Natal, a “manter viva a esperança”: “precisamos saber como vigiar, rezando como Jesus sugere”, disse Patton. Em seguida, citou, durante a liturgia concelebrada com o padre Ibrahim Faltas, vigário da Custódia da Terra Santa, o testemunho de um jovem, Suhail Abo Dawood, entre os muitos refugiados recebidos na paróquia da Sagrada Família em Gaza. A paróquia mencionada muitas vezes pelo Papa, que transmite sua proximidade com as pessoas ali reunidas por meio de telefonemas diários.

O testemunho de um jovem da paróquia de Gaza

O jovem, relatou o custódio, em uma contou como, sob os mais terríveis bombardeios, ele se sentia seguro porque estava na igreja rezando com outros cristãos e sentia que sua vida estava nas mãos de Deus”. Há poucos dias, Suhail escreveu para dizer que seu avô havia morrido: “as palavras, no entanto, não eram tristes, mas, ao contrário, cheias de gratidão e esperança porque seu avô pôde ter uma morte cristã”, relatou Patton, citando algumas passagens do texto do jovem: “agradecemos a Deus todos os dias por todas as graças dos dons que ele nos concedeu, rezamos todos os dias pela paz e segurança em nosso país e em todo o mundo. Temos certeza de que esta guerra terminará muito em breve e os dias que virão serão melhores”.

Levantar o nosso olhar para o céu

Para o Padre Patton, “é importante ter essa atitude de oração vigilante e agradecida para poder manter viva a esperança”. “Elevar nosso olhar para o céu”, foi seu desejo final, ‘para Jesus que vem, e não ficar desanimado quando o mal se instala como uma tempestade em nossas vidas’.

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02 dezembro 2024, 08:58