Carta do XXI Encontro Nacional da Educação: āo descompromisso com a educaçãoā
Vatican News
O arcebispo de Goiânia, cidade anfitriã do encontro, e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e Educação, dom João Justino de Medeiros e Silva, reafirmou que o 21º Encontro Nacional da Pastoral da Educação é o primeiro encontro nacional que a arquidiocese recebe após o período da pandemia. O prelado lembrou da Campanha da Fraternidade 2022 que, após 40 anos, voltou a aprofundar pela terceira vez o tema da āeducaçãoā.
āNestes dias trabalharemos aqui para compreender a importância da Pastoral da Educação em nossas igrejas diocesanas. A identidade ou as identidades, ou seja as muitas formas de realizar este pastoreio no âmbito da educação. E qual é mesmo a missão da Pastoral da Educação? Certamente é nosso desejo voltarmos para nossos locais de atuação na educação muito animados para fazer multiplicar ainda mais este trabalhoā, disse.
Carta do Encontro reafirma a ācrença na educaçãoā
No último dia do encontro, os participantes aprovaram a āCarta de Goiânia ā XXI Encontro Nacional da Pastoral da Educaçãoā cujo título é āCremos na Educaçãoā. No documento, os educadores católicos compartilham āaquilo que o Espírito Santo suscitou como inspiração e chamado ao longo destes diasā.
A carta denúncia o descompromisso das autoridades com a Educação, āque se materializa no desmonte das políticas públicas educacionais, na falta planejamento e investimento, na má remuneração dos professores, na mercantilização do saber e no abandono das comunidades originárias, ribeirinhas e quilombolasā.
De acordo com os educadores católicos, a āfalta de um projeto de Estado para a educação e o contínuo processo de enfraquecimento das escolas e universidades tem levado ao fechamento de unidades educacionais em todo o país, impedindo que milhares de crianças e jovens se formem e busquem um futuro promissorā.
Esta situação, apontam no documento, foi piorada pelas condições precárias que a pandemia submeteu os educadores e as instituições públicas e privadas, penaliza sobretudo os mais pobres e vulneráveis, aumentando as desigualdades sociais. āReconhecemos que durante o duro período da pandemia, o esforço dos educadores foi fundamental para que as consequências da pandemia fossem menos devastadoras no campo educativoā, diz um trecho da carta.
A carta convida as forças vivas da Igreja no Brasil a se juntarem à Pastoral da Educação para colocar a educação como prioridade desta hora e também para se empenharem na consolidação da Pastoral da Educação nas comunidades, paróquias, dioceses e regionais, āsomando forças com educadoras e educadores das redes pública, privada e confessional, reanimando nossa missão e engajando-nos com responsabilidadeā.
Conheça a íntegra do documento:
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