“Colocar na agenda prioritária a questão da liberdade religiosaâ€
Domingos Pinto – Lisboa
“Colocar na agenda prioritária a questão da liberdade religiosaâ€.
O apelo foi lançado no passado dia 23 de outubro em Lisboa por Paulo Portas, ex-líder do CDS, na apresentação do relatório ‘Perseguidos e esquecidos?’, uma iniciativa da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).
O relatório analisa 12 países dos continentes africano e asiático, de julho de 2017 a julho de 2019, e alerta que o Cristianismo “é a religião mais perseguida do mundoâ€.
Os governos deveriam “colocar o problema da liberdade religiosa como um problema tão importante como outras liberdadesâ€, disse aos jornalistas o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal.
Para Paulo Portas, “temos o dever de lembrar às sociedades ocidentais que há muitos cristãos neste mundo que são perseguidos, que não podem viver em liberdade, que uma parte da sua dignidade está capturada e precisam de ser lembrados e precisam de ser falados e é preciso que se atue mais em defesa delesâ€.
â€œÉ um relatório que mostra como estamos longe de viver num planeta onde um dos direitos humanos fundamentais, que é o direito a viver a sua fé, quem queira tê-la e queira vivê-la pode fazê-lo em dignidade e liberdadeâ€, disse o ex-líder da democracia cristã em Portugal.
Paulo Portas realçou que o documento “não esconde aquilo que melhorouâ€, nem o que piorou e há muitos cristãos que “são perseguidos em muitos países relevantes do mundoâ€.
Na apresentação do relatório esteve também o padre nigeriano Gideon Obasogie, que recordou 2014 como um ano “terrível para toda a Nigéria†pela ação terrorista do grupo islâmico Boko Haram que “agora foi empurrado para a floresta e as fronteiras do Chadeâ€, onde “ainda há muitos ataquesâ€.
O sacerdote lembrou que “as pessoas precisam de assistência, de ajuda, de ser acompanhados, ainda sentem medo, tensão e estão traumatizadasâ€, e destacou o trabalho que a Igreja Católica está a fazer no terreno de ajuda à população.
Neste contexto e ao portal da Santa Sé, Catarina Martins de Bettencourt, diretora do secretariado português da Ajuda à Igreja que Sofre, faz ainda uma leitura dos dados mais relevantes deste relatório e lembra o testemunho do Papa Francisco, “um Papa extraordinário†que “nos tem alertado quase diariamente para esta situação dos cristãos perseguidosâ€.
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp