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2025.07.09 A nova obra da revista “Vida Nova” 2025.07.09 A nova obra da revista “Vida Nova” 

65 anos de evangelização ganham vida em livro da revista ‘Vida Nova’

No âmbito das comemorações do jubileu de diamante, a revista “Vida Nova” apresenta um livro que resgata 65 anos de missão, resistência e evangelização em Ѵçܱ. Com testemunhos, documentos e fotografias, a obra homenageia gerações de leitores e colaboradores que fizeram da publicação uma voz de justiça e é no contexto sociopolítico do país. O lançamento oficial acontece na próxima semana.

Cremildo Alexandre – Nampula, Moçambique

No coração das comemorações dos 65 anos da revista “Vida Nova”, nasce um livro que promete perpetuar a sua trajectória como uma voz profética e sinal de esperança para a sociedade moçambicana. A obra, que será lançada na próxima semana, surge como gesto de gratidão e memória viva, reunindo testemunhos marcantes, documentos históricos e imagens que testemunham o compromisso da revista com a evangelização, a justiça social e a defesa dos direitos humanos.

Fundada em 1960, “Vida Nova” ultrapassou o papel de mero boletim religioso, tornando-se instrumento ímpar na formação cristã e na leitura crítica do percurso sociopolítico de Moçambique, desde o colonialismo até à era digital. “Este livro é um testemunho de uma história que não pode ser esquecida. Queremos garantir que as suas valiosas contribuições sejam reconhecidas pelas gerações futuras”, sublinha o Padre Cantifula de Castro, coordenador editorial da obra.

Padre Cantifla de Castro e Padre Antonio Bonato, coordenadores da obra
Padre Cantifla de Castro e Padre Antonio Bonato, coordenadores da obra

Organizado ao longo de um ano, o projecto congregou sete autores, sob a coordenação do Padre Cantifula de Castro e do Padre António Bonato. São oito capítulos que espelham a pluralidade de vozes que fizeram a revista resistir a fases críticas, como a censura pós-independência, e abraçar desafios contemporâneos, como a digitalização dos conteúdos.

Testemunhos de religiosos, leigos, leitores rurais e urbanos, como os de Irmão Edgar, Irmã Josefina e Doutor Teodato Unguana, revelam os bastidores, as transformações tecnológicas e o impacto comunitário da “Vida Nova”. Para o coordenador, “foi um processo exigente de pesquisa, recolha de memórias e verificação editorial, mas que prova a força de uma equipa que, em grande parte, trabalha de forma voluntária”.

A expectativa é que o livro inspire estudos e reflexões sobre o papel dos meios de comunicação cristãos no contexto moçambicano. “Esta obra nasce para salvaguardar a memória, mas também para lançar pontes com o futuro”, conclui o Padre Cantifula.

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09 julho 2025, 11:09