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Cultura da Vida: 57 anos de publica??o da Enc¨ªclica Humanae vitae

Cultura da Vida ¨¦ um espa?o de aprofundamento de temas relacionados ¨¤ dignidade da vida humana e ¨¤ miss?o da fam¨ªlia como guardi? da vida com Marlon Derosa e sua esposa Ana Carolina Derosa, professores de p¨®s-gradua??o em µþ¾±´Ç¨¦³Ù¾±³¦²¹ e fundadores do Instituto Pius com sede em Joinville, Santa Catarina. Neste primeiro encontro os 57 anos da publica??o da Enc¨ªclica Humanae vitae.

Vatican News

Olá a todos, sejam muito bem-vindos ao primeiro episódio do Programa Cultura da Vida, somos Marlon e Ana Derosa, e juntos vamos refletir sobre temas relacionados à família e vida, para juntos buscarmos responder ao apelo de São João Paulo II de fortalecer a cultura da vida na nossa família e na sociedade.

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Neste primeiro episódio, vamos recordar os 57 anos de publicação da Encíclica Humanae vitae, de São Paulo VI, que foi publicada em 25 de julho de 1968. Este é um dos documentos mais marcantes da história recente da Igreja, porque foi publicado num momento da história em que muitas mudanças culturais estavam acontecendo.

A década de 1960 foi a década da revolução sexual e do surgimento dos contraceptivos. O contexto da época era de mudanças drásticas: a população crescia e isso preocupava os governantes; as condições de trabalho e moradia eram difíceis para muitas famílias; as pessoas já estavam enxergando a mulher, o amor e o casamento de outra forma; a revolução sexual estava em vigor; e com o avanço da ciência, o ser humano começou a desejar controlar artificialmente a fecundidade.

Diante disso, muitos se perguntavam se a Igreja não deveria readequar as regras morais sobre o uso da sexualidade e dos métodos para evitar filhos. Então, em 1968, 8 anos após o surgimento dos contraceptivos, o Papa Paulo VI publicou a ¡°Humanae vitae¡±, em portugues, ¡°vida humana¡±, sobre a regulação da natalidade. Este documento trouxe muitas luzes para um tempo marcado por tantas mudanças e tanta confusão. E na Amoris laetitia, o Papa Francisco escreveu que ¡°é preciso redescobrir a mensagem da Encíclica Humanae vitae¡± (AL, 82).

E quais são os principais ensinamentos da Humanae vitae? O Papa escreve que o tema da natalidade deve ser visto com uma visão completa do ser humano, não só em aspectos biológicos ou sociais, mas considerando também sua vocação sobrenatural e eterna (HV, 7).

O casamento não é um acaso da natureza, mas um plano de Deus para unir o homem e a mulher de forma profunda e colaborarem com Ele na geração de novas vidas (HV, 8). A Humanae vitae ensina que é moralmente errado usar métodos contraceptivos artificiais (HV, 14), porque estes métodos ferem a natureza humana e os ciclos biológicos naturais da fertilidade, que foram criados por Deus. Além de desligar a fertilidade da mulher, que é algo saudável que Deus criou nela, esses métodos também separam os significados unitivo e procriativo do casal, que são inseparáveis, e que quando se separam, geram consequências (HV, 12).

Estas consequências são muitas, e inclusive o próprio Papa Paulo VI profeticamente previu muitas delas: que os métodos contraceptivos facilitariam a infidelidade e enfraqueceriam a moral, especialmente entre os jovens, que já têm dificuldade para viver a castidade. Ele também previu que o homem poderia perder o respeito pela mulher, tratando-a como objeto de prazer egoísta e não mais como sua amada companheira (HV, 17).

E será que não é isso que já vimos acontecer ao longo das últimas décadas? Taxas elevadíssimas de divórcio, de crianças concebidas fora do casamento, de adultérios e relações descartáveis, de abortos provocados, de mulheres abandonadas¡­ E como se não bastasse tudo isso, Paulo VI nem sabia que os métodos contraceptivos podem causar abortos ocultos, porque impedem um embrião recém concebido de se fixar no útero e continuar seu desenvolvimento (sobre este assunto, escrevemos um livro intitulado ¡°Abortos ocultos e a mentalidade contraceptiva, publicado pela Pius Edições).

Mas se o casal tem um motivo realmente sério para não ter filhos em determinado momento? Então a Igreja ensina que o casal deve usar métodos naturais de observação da fertilidade (como o Billings ou Creighton), porque não desligam a fertilidade, não causam efeitos colaterais, e respeitam a ordem natural criada por Deus (HV, 16).

A Humanae vitae, publicada há 57 anos, continua sendo um guia seguro da Igreja sobre o amor, o matrimônio e a vida humana. A encíclica nos convida a redescobrir a beleza do amor conjugal vivido com liberdade, fidelidade e entrega total.

Longe de ser uma opressão, esse ensinamento é libertador: mostra o verdadeiro sentido do amor, que se doa e gera vida. Mais do que nunca, somos chamados a conhecer e viver essa verdade no dia a dia, para construirmos uma cultura de amor e de vida.

Um grande abraço, até o próximo programa!

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07 agosto 2025, 10:58