ÐÓMAPµ¼º½

Busca

Fi¨¦is peregrinam com a Cruz na Pra?a S?o Pedro Fi¨¦is peregrinam com a Cruz na Pra?a S?o Pedro 

O fundamento da Virtude da Esperan?a

"O Catecismo da Igreja cat¨®lica, afirma que ¡°a esperan?a crist? se manifesta, desde o princ¨ªpio da prega??o de Jesus, no an¨²ncio das bem-aventuran?as. As bem-aventuran?as elevam a nossa esperan?a para o c¨¦u, como nova terra prometida e lhe tra?am o caminho atrav¨¦s das prova??es que aguardam os disc¨ªpulos de Jesus."

Jackson Erpen - Cidade do Vaticano

Ouça e compartilhe

O Catecismo da Igreja Católica que ¡°as virtudes teologais fundamentam, animam e caracterizam o agir moral do cristão, Informam e vivificam todas as virtudes morais. São infundidas por Deus na alma dos fiéis para os tornar capazes de proceder como filhos seus e assim merecerem a vida eterna. São o penhor da presença e da ação do Espírito Santo nas faculdades do ser humano¡±. E as três virtudes teologais são ¡°fé, esperança e caridade¡±.

¡°A virtude da esperança ¨C explica - corresponde ao desejo de felicidade que Deus colocou no coração de todo o homem¡±. Ela ¡°protege contra o desânimo; sustenta no abatimento; dilata o coração na expectativa da bem-aventurança eterna.¡±

Com sua reflexão, Pe. Gerson Schmidt* aprofunda o tema ¡°O fundamento da Virtude da Esperança¡±:

 

¡°Apontamos aqui que a esperança é a luz que ilumina o futuro, mas não num sentido ingenuamente otimista ou ilusório. Nós sabemos: a esperança é Jesus Cristo, morto e ressuscitado. A esperança cristã, portanto, tem um nome: JESUS CRISTO VITORIOSO. Porque Ele venceu nós também venceremos!

A sobre a Igreja nos aponta que ¡°a prometida restauração que esperamos, já começou, pois, em Cristo, progride com a missão do Espírito Santo e, por Ele, continua na Igreja; nesta, a fé nos ensina o sentido da nossa vida temporal, enquanto, na esperança dos bens futuros, levamos a cabo a missão que o Pai nos confiou no mundo e trabalhamos na nossa salvação (cf. Fil 2,12). Já chegou, pois, a nós, a plenitude dos tempos (cf. 1Cor 10,11), a restauração do mundo foi já realizada irrevogavelmente e, de certo modo, encontra-se já antecipada neste mundo: com efeito, ainda aqui na terra, a Igreja está aureolada de verdadeira, embora imperfeita, santidade¡± (LG,48). Portanto, a esperança não é fantasiosa, não é ingênua, não se ilude. A obra da restauração já começou em Cristo Ressuscitado dos mortos! É irrevogável! Ele já entrou na glória, como cabeça do seu corpo, que é sua Igreja.

O Catecismo da Igreja Católica, afirma que ¡°a esperança cristã se manifesta, desde o princípio da pregação de Jesus, no anúncio das bem-aventuranças. As bem aventuranças elevam a nossa esperança para o céu, como nova terra prometida e lhe traçam o caminho através das provações que aguardam os discípulos de Jesus. Mas, pelos méritos do mesmo Jesus Cristo e da sua paixão, Deus guarda-nos na «esperança que não engana» (Rm 5,5). A esperança é «a âncora da alma, inabalável e segura» que penetra [...]«onde entrou Jesus como nosso precursor» (Heb 6,19-20)¡± (CIgrC,1820). Esse termo usado pelo catecismo é reutilizado pelo Papa Francisco, quando diz que devemos ¡°segurar a corda, com a âncora da esperança¡±, utilizando a imagem de uma navegação[1]. Na verdade, essa simbologia dfa âncora é tirada da Carta aos Hebreus, quando se afirma: "A esperança, com efeito, é para nós, como âncora da alma, firme e segura, penetrando para além do véu, onde Jesus entrou por nós, como precursor, feito sumo sacerdote para a eternidade, segundo a ordem de Melquisedec¡± (Hb 6,19). Na nota ao pé da página da Bíblia de Jerusalém, comentando esse versículo, descreve assim sobre a âncora: ¡°Símbolo clássico da estabilidade, a âncora tornar-se-á, na iconografia cristã, durante o século II, a imagem privilegiada da esperança¡±[2]. A passagem da Escritura compara a esperança a uma âncora que mantém a vida segura, tal como a âncora mantém o barco seguro. A esperança é firme e segura, e mesmo que a vida seja abalada, o barco não afunda. Esse texto bíblico diz que a esperança entra no santuário interior, por trás do véu. Jesus, como precursor, entrou por nós e tornou-se sumo sacerdote para sempre. Ele é a razão para continuarmos a navegar com a coragem que vem dele.

O Catecismo diz que a esperança não é só âncora, mas também uma arma que protege: ¡°É também uma arma que nos protege no combate da salvação: «Revistamo-nos com a couraça da fé e da caridade, com o capacete da esperança da salvação» (1Ts 5,8). Proporciona-nos alegria, mesmo no meio da provação: «alegres na esperança, pacientes na tribulação» (Rm 12,12). Exprime-se e nutre-se na oração, particularmente na oração do Pai-Nosso, resumo de tudo o que a esperança nos faz desejar¡± (CIgrC,1820).

Santa Teresa de Jesus diz assim sobre a esperança: ¡°Espera, espera, que não sabes quando virá o dia nem a hora. Vela com cuidado, que tudo passa com brevidade, embora o teu desejo faça o certo duvidoso e longo o tempo breve. Olha que quanto mais pelejares, mais mostrarás o amor que tens a teu Deus, e mais te regozijarás com teu Amado em gozo e deleite que não pode ter fim¡± [3].

Conclui o catecismo Católico sobre a virtude teologal da esperança: ¡°Podemos, portanto, esperar a glória do céu prometida por Deus àqueles que O amam (Cf. Rm 8, 28-30) e fazem a sua vontade (Cf. Mt 7,21). Em todas as circunstâncias, cada qual deve esperar, com a graça de Deus, «permanecer firme até ao fim»[4] e alcançar a alegria do céu, como eterna recompensa de Deus pelas boas obras realizadas com a graça de Cristo. É na esperança que a Igreja pede que «todos os homens se salvem» (1Tm 2, 4) e ela própria aspira a ficar, na glória do céu, unida a Cristo, seu Esposo¡± (CIgrC,1821).¡±

*Padre Gerson Schmidt foi ordenado em 2 de janeiro de 1993, em Estrela (RS). Além da Filosofia e Teologia, também é graduado em Jornalismo e é Mestre em Comunicação pela FAMECOS/PUCRS.
________________

[1] #homilia #jubileu2025 #prisão #esperança #papafrancisco #vaticannewspt
[2] Bíblia de Jerusalém, nota ¡°t¡±, Ed. 1973, Paulinas.
[3] Santa Teresa de Jesus, Exclamaciones del alma a Dios, 15, 3: Biblioteca Mística Carmelitana, v. 4 (Burgos 1917) p. 290. [Exclamações, XV. 3: Obras Completas (Paço de Arcos. Edições Carmelo 1994) p. 959).
[4] Cf. Mt 10, 22: Concílio de Trento, Sess. 5ª, Decretum de iustificatione, c. 13: DS 1541

 

 

 

 

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp

03 mar?o 2025, 08:11