Santa S¨¦: IA um recurso de ¡°paz¡±, mas tamb¨¦m uma poss¨ªvel amea?a "existencial"
Vatican News
Orientar o desenvolvimento das ¡°tecnologias emergentes¡± para que sirvam ao bem comum e à dignidade humana, rejeitando um mundo no qual os conflitos e as decisões sejam dominados por algoritmos. Essa é a visão da Santa Sé, expressa esta quarta-feira, 26 de fevereiro, no Fórum da Osce para a segurança e a cooperação, por dom Gabriele Caccia, observador permanente da Santa Sé na Onu.
A responsabilidade do homem
¡°Não há como escapar das graves questões éticas relacionadas ao setor de armamentos": com essas , dom Caccia abriu seu discurso sobre o tema ¡°Uso militar responsável de tecnologias novas e emergentes¡±. No centro da reflexão estava a necessidade de salvaguardar os ¡°princípios éticos¡± que ¡°sustentam o valor intrínseco de cada pessoa¡± e sua capacidade de discernimento e ¡°assunção de responsabilidade¡±.
Menor percepção dos danos da guerra
Sobre o tema das tecnologias emergentes, Caccia chamou a atenção para a Inteligência Artificial, um recurso que pode ser um instrumento para a ¡°paz¡± e a ¡°segurança¡±, mas também uma possível ameaça ¡°existencial¡± à humanidade. O uso de sistemas de controle remoto para operações militares, apontou ele, pode reduzir a ¡°percepção de devastação¡± causada pela guerra, conforme já destacado pela recente nota sobre a relação entre IA e inteligência humana.
Opacidade jurídica e questões éticas
Outro perigo é o uso cada vez maior de ¡°tecnologias autônomas¡±, que correm o risco de delegar decisões militares a máquinas, retirando-as da supervisão humana. Isso gera ¡°opacidade jurídica¡± e sérias questões éticas. Nesse contexto, dom Caccia mencionou os Sistemas de Armas Autônomas Letais (LAWS), capazes de identificar e atingir alvos sem intervenção humana direta. ¡°Nenhuma máquina jamais deveria escolher tirar a vida de um ser humano¡±, reiterou, .
Desenvolvimento humano integral no centro
As preocupações expressas pela Santa Sé, esclareceu o arcebispo, não têm o objetivo de restringir o progresso, mas de incentivar uma pesquisa e um desenvolvimento éticos de novas tecnologias. O objetivo é integrá-las em um ¡°quadro mais amplo¡± que não se limita à sua utilidade e eficiência, mas que coloca a promoção do desenvolvimento humano integral no centro.
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