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Arcebispo Paul Richard Gallagher, secret¨¢rio das Rela??es com os Estados e Organiza??es Internacionais Arcebispo Paul Richard Gallagher, secret¨¢rio das Rela??es com os Estados e Organiza??es Internacionais

Gallagher: a ¡°diplomacia da esperan?a¡± de Francisco, uma cura para um mundo dividido

Em Genebra, na 58? sess?o do Conselho de Direitos Humanos, o arcebispo secret¨¢rio das Rela??es com os Estados relan?a os apelos do Papa para a aboli??o da pena de morte e o cancelamento da d¨ªvida dos pa¨ªses pobres, enfatizando a necessidade de um ¡°multilateralismo forte¡± que respeite a soberania dos Estados

Vatican News

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A "diplomacia da esperança", tão cara ao Papa, é uma mensagem vital e de cura para lidar com as fraturas e divisões internacionais, respondendo às violações dos direitos fundamentais e à necessidade de "sinais tangíveis" de confiança "nos tempos em que vivemos". O segmento de alto nível da 58ª sessão ordinária do Conselho de Direitos Humanos, esta terça-feira, 25 de fevereiro, em Genebra, na Suíça, proporcionou uma oportunidade para que o arcebispo Paul Richard Gallagher, secretário das Relações com os Estados e Organizações Internacionais, relançasse algumas das principais questões levantadas por Francisco durante seu Pontificado.

Direito à vida e vocação para a maternidade

O representante vaticano introduziu seu discurso com a imagem do Jubileu de esperança em contraste com um mundo ¡°às presas com a tragédia de numerosos conflitos, crises globais e contínuas violações dos direitos humanos¡±. Seu discurso girou em torno do direito à vida, o ¡°pré-requisito para o desenvolvimento de todos os outros direitos humanos¡±. Como Francisco , ¡°nenhuma criança é um erro ou culpada de existir, assim como nenhum idoso ou doente pode ser privado de esperança e descartado¡±. O desejo da Santa Sé para o 30º aniversário da Conferência Mundial sobre a Mulher em Pequim é que ele se torne uma ocasião para celebrar os ¡°dons¡± únicos das mulheres e ¡°apoiar a vocação à maternidade¡±.

Cancelamento da dívida e crise dos refugiados

Gallagher fez ressoar o apelo do Papa pela abolição universal da pena de morte, lembrando que atualmente cerca de 125 milhões de pessoas são forçadas a se deslocar. O antídoto para essa crise, novamente retomando as palavras de Francisco, é a criação de ¡°rotas regulares e seguras¡±, combinadas com uma consideração mais humana dos refugiados, que não devem ser tratados como ¡°objetos a serem colocados¡±. O secretário das Relações com os Estados também relançou a proposta de cancelar a dívida dos Estados pobres, ressaltando que "quase metade da população mundial" vive "em países que gastam mais com o pagamento" desse déficit "do que com saúde e educação". Essa é uma questão de ¡°justiça¡± e ¡°generosidade¡±, como o Papa, que está ligada à ¡°dívida ecológica¡± entre o Norte e o Sul do mundo. Outra questão abordada por Gallagher é a da falta de liberdade religiosa, descrita como um ¡°obstáculo à paz duradoura e ao desenvolvimento integral¡±. Atualmente, cerca de 380 milhões de cristãos são perseguidos por sua fé, lembrou o secretário vaticano, pedindo uma liberdade que inclua todas as confissões.

Respeitar a soberania dos Estados

Gallagher concluiu seu discurso enfatizando que os desafios globais só podem ser enfrentados por meio de um ¡°multilateralismo forte¡± que respeite ¡°a soberania dos Estados¡± e faça uso de uma ¡°linguagem comum¡±. O risco, advertido pelo Papa, é o de ¡°instrumentalizar os documentos¡± em questões muito cruciais, ¡°mudando o significado dos termos ou reinterpretando unilateralmente o conteúdo dos tratados de direitos humanos - a fim de promover ideologias divisivas que espezinham os valores e a fé dos povos¡±. Uma forma de ¡°ideologia colonial¡±, acrescentou Gallagher, que mina as relações internacionais e compromete a integridade das instituições multilaterais, desviando a atenção das questões ¡°que realmente importam¡±.

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26 fevereiro 2025, 10:20