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Cardeal Parolin durante a Missa com os membros do Tribunal da Rota Romana para a inaugura??o do Ano Judici¨¢rio Cardeal Parolin durante a Missa com os membros do Tribunal da Rota Romana para a inaugura??o do Ano Judici¨¢rio  (VATICAN MEDIA Divisione Foto)

Parolin ¨¤ Rota Romana: calma e paci¨ºncia dos ju¨ªzes diante dos acontecimentos humanos dolorosos

O secret¨¢rio de Estado Vaticano celebrou a missa em S?o Pedro com os membros do Tribunal da Rota Romana, por ocasi?o da inaugura??o do Ano Judici¨¢rio: ¨¦ necess¨¢ria uma "paci¨ºncia/compaix?o", que "nasce da consci¨ºncia de que o judici¨¢rio, na Igreja, ¨¦ um minist¨¦rio da verdade, um servi?o prestado ¨¤s almas em vista de um bem superior".

Vatican News

"Calma e paciência" no estudo cuidadoso das causas que "não são exercícios acadêmicos abstratos, mas humanos, muito humanos, muitas vezes acontecimentos existenciais dolorosos e dramáticos¡±. Este é o mandato que o secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, confiou aos auditores, funcionários, advogados e colaboradores que, nesta sexta-feira (31/01), inauguram o Ano Judiciário do Tribunal da Rota Romana. O cardeal celebrou a missa na Capela Paulina antes da audiência com o Papa Francisco, na Residência Apostólica.

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O ministério judiciário na Igreja é um "ministério da verdade¡±

Em sua homilia, Parolin centrou-se no conceito de ¡°paciência¡±, que no seu sentido etimológico ¨C disse ele ¨C vem do verbo patior: ¡°Não significa apenas precisão e atenção, que também são necessárias, no estudo dos Atos, mas também a capacidade de assumir sobre si, isto é, de ter compaixão pelo caso que vocês têm prae manibus¡±. Uma ¡°paciência/compaixão¡±, portanto, que ¡°nasce da consciência de que o ministério judiciário, na Igreja, é um ministério da verdade, um serviço prestado às almas em vista de um bem superior que se espera alcançar, compadecendo, compreendendo a imperfeição dos outros aos quais são chamados a julgar¡± e que ¡°muitas vezes não é diferente da nossa e evitando sempre toda animosidade, partidarismo, personalismo ou atitudes e posições preconcebidas¡±, sublinhou o cardeal. ¡°Nós¡±, acrescentou, ¡°podemos oferecer a nossa humilde colaboração a este crescimento, abrindo-nos à ação do Espírito Santo que habita em nossos corações, removendo obstáculos, vivendo na confiança reconfortante de que Deus trabalha em nós noite e dia¡±.

A degradante penumbra do indiferentismo

Inspirando-se no Evangelho da liturgia, o Secretário de Estado observou que "a história do Reino de Deus não pode ser julgada pelos nossos fracassos, estejamos acordados ou dormindo, mesmo que a nossa responsabilidade e o nosso compromisso honesto sejam postos em causa". ¡°Nem ¨C disse ele ¨C a nossa preguiça poderá impedir o caminho do Reino, nem a nossa agitação frenética o facilitará, se não formos acompanhados pela graça divina que trabalha secretamente nas almas, e se as nossas intenções não forem retas, claras e honestas¡±. A Igreja, afirmou Parolin, ¡°sabe bem que este Reino cresce nos dias luminosos e tranquilos e nas noites escuras da perseguição ou na degradante penumbra do indiferentismo¡±.

As "sábias" palavras do jurista Calamandrei

¡°A calma e a paciência¡±, reiterou Parolin, são ¡°virtudes necessárias¡± e ¡°constitucionais¡±, junto com ¡°o compromisso diário de um trabalho silencioso¡± de ¡°todo bom juiz¡±. Neste sentido, o cardeal citou ¡°as sábias palavras¡± de um grande jurista leigo do século passado Piero Calamandrei, que são válidas também para os juízes eclesiásticos: ¡°Não é exigido ao juiz que seja um jurista profundo, um jurista refinado, amador de acrobacias teóricas, mas de ser um homem de bom senso e de experiência humana que com diligência e perspicácia saiba reconstruir os fatos, sem se induzir por amor do virtuosismo dogmático, a perder o contato com o terreno sólido da realidade¡±.

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31 janeiro 2025, 13:42