Rede Mundial de Ora??o, novo conselho se concentra no digital e na criatividade
Edoardo Giribaldi ¨C Vatican News
Renovar as linguagens da oração, fulcro ¡°da missão da Igreja¡±, através dos novos meios de comunicação e partindo de uma transformação íntima ¡°do coração¡±, porque ali reside todo o bem, mas também o mal, de nossas sociedades. Estas são as esperanças e os objetivos sobre os quais se orientará o trabalho da nova direção da Rede Mundial de Oração do Papa nascida, em 2014, da refundação do Apostolado da Oração e instituída como Obra Pontifícia por Francisco em 2018. Os novos dirigentes foram apresentados nesta quinta-feira, 5 de dezembro, na Sala de Imprensa da Santa Sé, pelo pe. Frédéric Fornos, jesuíta, que concluirá o seu mandato como diretor internacional da Rede no final do ano.
A linguagem em sintonia com os tempos da rede
A ocasião serviu também para relembrar os objetivos alcançados pela Obra no seu décimo ano de atividade. Atua em todo o mundo através de 90 equipes nacionais, animadas por uma missão que o pe. Fornos definiu como ¡°simples¡±, ou seja, ¡°mobilizar os católicos através da oração e da ação, para enfrentar os desafios da humanidade e da missão da Igreja¡±. Entre os projetos inovadores lançados nos últimos anos, o jesuíta mencionou a plataforma de oração Click To Pray e o Vídeo do Papa, traduzido em 23 línguas, onde Francisco comenta mensalmente a sua intenção de oração.
Os novos líderes
O sucessor de pe. Fornos, a partir de janeiro de 2025, será o pe. Cristóbal Fones Claro, um jesuíta chileno de 49 anos, que manifestou o desejo de contribuir "não só para a difusão desta Obra, mas sobretudo para a compreensão da sua enorme profundidade". Também foram apresentados os dois vice-diretores internacionais: a senhora Bettina Raed, leiga argentina de 55 anos, ex-diretora regional da Rede em seu país de origem e no Uruguai, e o pe. Miguel Pedro Melo, jesuíta português de 38 anos, ex-colaborador da repartição nacional da Obra em seu país.
O mundo unido na missão da Igreja
Entrevistado pelos meios de comunicação vaticanos, o pe. Fones Claro destacou os ¡°muitos desafios¡± que a Rede será chamada a enfrentar, estimulada pela ¡°dor do povo¡±, partilhada não só nos países em guerra, mas também nas famílias de cada nação. Alcançar a comunidade global em todas as suas facetas torna-se possível, segundo o jesuíta, compreendendo como o coração e a missão da Igreja têm valores universais, que requerem uma ¡°disposição especial¡±.
Os novos meios ¡°a serviço do Espírito¡±
O pe. Federico Lombardi, membro do Conselho de Administração da Rede, destacou em seu breve discurso o relançamento das atividades da Obra em ¡°novas formas¡±, incluindo as digitais, para torná-las mais acessíveis e próximas aos jovens. Um conceito também reiterado aos meios de comunicação vaticanos, destacando como o ¡°apoio técnico¡± deve permanecer sempre ¡°a serviço do Espírito¡±.
A natureza sinodal e criativa da Obra
As palavras de mons. Lucio Ruiz, secretário do Dicastério para a Comunicação, e da irmã Nathalie Becquart, também integrante do Conselho de Administração da Rede, concentraram a atenção na natureza ¡°sinodal¡± da Rede. ¡°Uma busca de criatividade impelida para a missão" da Igreja, segundo o monsenhor, destinada a levar "a palavra de esperança do Papa" "até aos confins da terra". ¡°Alargar a cortina¡±, acrescentou, como metáfora para simbolizar o alargamento da audiência da Rede através de ¡°novas linguagens e expressões¡±. Irmã Becquart afirmou também a ¡°fidelidade criativa¡± da Obra, capaz de passar, ao longo dos anos, de expressões ¡°um pouco datadas¡± para estilos mais contemporâneos.
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