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Um grupo de deslocados na Nig¨¦ria, devido a ataques do Boko Haram, protesta contra a falta de comida Um grupo de deslocados na Nig¨¦ria, devido a ataques do Boko Haram, protesta contra a falta de comida 

Santa S¨¦ na ONU: mais aten??o ao fen?meno dos deslocados internos

Existem no mundo mais de 41 milh?es de pessoas que foram obrigadas a abandonar suas casas e vivem como ¡°deslocadas internas¡± nos confins de seus pa¨ªses.

Cidade do Vaticano

¡°O deslocamento forçado não é apenas uma questão de falta de sorte ou de busca por uma vida melhor. É alimentado por políticas ou ideologias injustas e indiferentes, pelo racismo e outras formas de preconceito e discriminação, pela violência sistemática e pela ausência do Estado de direito.¡±

Estas foram as palavras do observador permanente da Santa Sé na Onu, em Genebra, na Suíça, dom Ivan Jurkovi?, durante a 41ª sessão do Conselho de Direitos Humanos, dedicada aos direitos dos deslocados internos.

Em um ano, 28 milhões de deslocados a mais

Existem no mundo mais de 41 milhões de pessoas que foram obrigadas a abandonar suas casas e vivem como ¡°deslocadas internas¡± nos confins de seus países. Um número que aumentou para 28 milhões, em 2018, a maioria devido a desastres naturais que mostra quantas pessoas sofrem na busca de uma vida mais segura, pacífica e digna.

Cifras que, ¡°como no caso dos migrantes e refugiados, podem ser facilmente ignoradas¡±, ao contrário das ¡°tragédias humanas e histórias humanas¡± dessas pessoas e do seu impacto socioeconômico em muitas comunidades.

Mais responsabilidade partilhada

¡°Quando se pensa nos instrumentos jurídicos para assegurar a proteção dos deslocados internos¡±, ressalta o  observador da Santa Sé, ¡°é de fundamental importância ser guiados pela centralidade da pessoa humana¡±.

De fato, muitas vezes, a responsabilidade da assistência aos migrantes internos é dos Estados, enquanto a Santa Sé, que observa com ¡°preocupação¡± o aumento do número dessas pessoas, ¡°exorta várias vezes a partilhar a responsabilidade de enfrentar na raiz as causas dos deslocamentos forçados.

Isto exige coragem e vontade política, pondo fim aos conflitos que geram ódio, violência e vingança, lutando pela paz e pela reconciliação, incluindo o diálogo inter-religioso e respeitando os direitos humanos e as liberdades fundamentais¡±.

O papel da Igreja

Nesse sentido, a Santa Sé ¡°recorda o papel das organizações confessionais, que são muitas vezes as primeiras a oferecer assistência aos deslocados¡±, com apoio às necessidades psicológicas e também espirituais. De fato, muitas vezes, depois de perderem suas casas, os deslocados são obrigados a sobreviver em condições desesperadas, como o tráfico e a prostituição. ¡°Situações trágicas que a mídia não deveria se esquecer¡±, disse ainda dom Jurkovi?.

Efeitos das mudanças climáticas

Ao recordar o papel que os desastres naturais causados pelas mudanças climáticas têm no aumento do número de deslocados, o observador permanente da Santa Sé recorda também o Papa Francisco e sua condenação contra a ¡°globalização da indiferença¡±, que diz respeito também à ¡°deterioração do ambiente, exploração dos recursos naturais, disputas territoriais e absoluto desprezo pela nossa Casa comum, que afeta principalmente os mais pobres e vulneráveis¡±.

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01 julho 2019, 16:01