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S¨ªnodo 2018: os jovens, a f¨¦ e o discernimento vocacional S¨ªnodo 2018: os jovens, a f¨¦ e o discernimento vocacional 

S¨ªnodo dos jovens: sete palavras-chave do Instrumento de trabalho

Publicado o Documento de trabalho da XV Assembleia Geral ordin¨¢ria do S¨ªnodo dos Bispos, programado no Vaticano de 3 a 28 de outubro, sobre o tema ¡°Os jovens, a f¨¦ e o discernimento vocacional¡±.

Isabella Piro ¨C Cidade do Vaticano

Um bilhão e 800 mil pessoas entre 16 e 29 anos, isto é, ¼ da humanidade, são os jovens do mundo. No Instrumento de Trabalho do próximo Sínodo sobre a juventude, publicado esta terça-feira (19/06), os padres sinodais poderão encontrar a descrição de sua variedade, suas esperanças e dificuldades.

O Instrumentum Laboris é o momento de convergência da escuta de todos os componentes da Igreja e também de vozes que não pertencem a ela.

Estruturado em três partes ¨C reconhecer, interpretar e escolher ¨C o Documento busca oferecer as chaves de leitura da realidade juvenil, baseando-se em diferentes fontes, entre as quais um Questionário on line que reuniu as respostas de mais de 100 mil jovens.

Que querem os jovens da Igreja

 

Portanto, o que querem os jovens de hoje? Sobretudo, o que buscam na Igreja? Em primeiro lugar, desejam uma ¡°Igreja autêntica¡±, que brilhe por ¡°exemplaridade, competência, corresponsabilidade e solidez cultural¡±, uma Igreja que compartilhe ¡°sua situação de vida à luz do Evangelho ao invés de fazer pregações¡±, uma Igreja que seja ¡°transparente, acolhedora, honesta, atraente, comunicativa, acessível, alegre e interativa¡±. Enfim: uma Igreja ¡°menos institucional e mais relacional, capaz de acolher sem julgar previamente, amiga e próxima, acolhedora e misericordiosa¡±.

Tolerância zero

 

Mas há também quem não pede nada à Igreja ou pede que seja deixado em paz, considerando-a um interlocutor não significativo ou uma presença que ¡°incomoda e irrita¡±. Um motivo para essa atitude está nos casos de escândalos sexuais e econômicos, sobre os quais os jovens pedem à Igreja que ¡°reforce sua política de tolerância zero¡±.

Outro motivo está no despreparo dos ministros ordenados e na dificuldade da Igreja em explicar o motivo das próprias posições doutrinais e éticas diante da sociedade contemporânea.

Sete palavras

 

Tudo isso se articula em sete palavras que o Istrumentum Laboris assim classificou:

1. Escuta: os jovens querem ser ouvidos com empatia.
2. Acompanhamento: espiritual, psicológico, formativo, familiar e vocacional.
3. Conversão: seja de tipo religioso, sistêmico, ecológico e cultural.
4. Discernimento: uma das palavras mais usadas no Documento, seja no sentido de uma ¡°Igreja em saída¡± para responder às exigências dos jovens, seja como dinâmica espiritual.
5. Desafios: discriminações religiosas, racismo, precariedade no trabalho, pobreza, dependência de drogas e álcool, bullying, exploração sexual, corrupção, tráfico de pessoas, educação e solidão.
6. Vocação: repensar a pastoral juvenil.
7. Santidade: o Documento sinodal se concluiu com uma reflexão sobre a santidade, ¡°porque a juventude é um tempo para a santidade¡±. Que a vida dos santos inspire os jovens de hoje a ¡°cultivar a esperança¡± para que ¨C como escreve o Papa Francisco na oração final do Documento ¨C os jovens, ¡°com coragem, tomem as rédeas de sua vida, almejem as coisas mais belas e mais profundas e mantenham sempre um coração livre¡±.

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19 junho 2018, 11:35