Papa no Angelus: n?o se pode rezar a Deus como ¡°Pai¡± e depois ser duro com os outros
Silvonei José ¨C Vatican News
¡°Não se pode rezar a Deus como ¡°Pai¡± e depois ser duro e insensível para com os outros. Pelo contrário, é importante deixarmo-nos transformar pela sua bondade, pela sua paciência, pela sua misericórdia, para refletir o seu rosto no nosso como um espelho¡±.
Foi o que disse o Papa Leão XIV no Angelus deste 17º Domingo do Tempo Comum, na Praça São Pedro. ¡°A liturgia hoje nos convida, na oração e na caridade, a nos sentirmos amados e a amar como Deus nos ama: com disponibilidade, discrição, solicitude recíproca, sem cálculos¡±, sublinhou.
Hoje, - disse Leão XVI, ¡°o Evangelho apresenta-nos Jesus a ensinar aos seus discípulos o Pai-Nosso: a oração que une todos os cristãos. Nela, o Senhor convida a dirigirmo-nos a Deus chamando-lhe ¡°Abbᡱ, ¡°paizinho¡±, como crianças, com «simplicidade, confiança filial, ousadia, certeza de ser amado¡±.
A este propósito, o Catecismo da Igreja Católica diz, com uma expressão muito bela, que ¡°pela oração do Senhor, nós somos revelados a nós próprios, ao mesmo tempo que nos é revelado o Pai¡±. E é verdade: quanto mais confiantes rezamos ao Pai do Céu, tanto mais nos descobrimos filhos amados e tanto mais conhecemos a grandeza do seu amor, destacou o santo Padre.
¡°O Evangelho de hoje descreve os traços da paternidade de Deus por meio de algumas imagens sugestivas: a de um homem que se levanta no meio da noite para ajudar um amigo a acolher uma visita inesperada; ou a de um pai que tem o cuidado de dar coisas boas aos seus filhos¡±.
Estas imagens ¨C continuou Leão XIV -, recordam-nos que Deus nunca nos vira as costas quando nos dirigimos a Ele, nem mesmo se chegamos tarde para bater à sua porta, talvez depois de erros, de oportunidades perdidas, de fracassos, nem mesmo se, para nos acolher, Ele tiver de ¡°acordar¡± os seus filhos que dormem em casa.
¡°Pelo contrário, na grande família da Igreja, o Pai não hesita em tornar-nos todos participantes de cada um dos seus gestos de amor. O Senhor escuta-nos sempre que rezamos, e, se por vezes nos responde em momentos e formas difíceis de compreender, é porque age com uma sabedoria e uma providência maiores, que estão para além da nossa compreensão. Por isso, mesmo nestes momentos, não deixemos de rezar com confiança: n'Ele encontraremos sempre luz e força¡±.
No entanto, sublinhou o Papa, ao recitarmos o Pai-Nosso, além de celebrarmos a graça da filiação divina, exprimimos também o nosso compromisso de corresponder a esse dom, amando-nos uns aos outros como irmãos em Cristo.
¡°Peçamos a Maria que saibamos responder este chamamento, para manifestar a doçura do rosto do Pai.¡±
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