Le?o XIV exorta ¨¤ Secretaria de Estado dedica??o generosa pelo bem da Igreja
Andressa Collet - Vatican News
Os convidados do Papa Leão XIV nesta quinta-feira (05/06) no Palácio Apostólico fazem parte de um grupo dentro do Vaticano que trabalha diretamente com o Pontífice no exercício da sua missão: os funcionários da Secretaria de Estado da Santa Sé que prestam "um serviço precioso à vida da Igreja, ajudando-me a levar adiante a missão que me foi confiada". Leão XIV confidenciou aos cerca de 200 superiores e oficiais presentes em audiência que "me consola saber de não estar sozinho e de poder compartilhar a responsabilidade do meu ministério universal convosco".
A Secretaria do Papa reflete o rosto da Igreja
Na Sala Clementina, o Pontífice começou agradecendo particularmente a presença e as palavras do secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, pela "contínua colaboração que está me oferecendo enquanto dou os primeiros passos do meu Pontificado". De fato, Parolin descreveu como é formado o mundo universal da Secretaria do Papa, "com competências diferentes", mas todos "a serviço desta Igreja e das igrejas locais que a compõem" e a serviço do ministério petrino, a quem foi renovada a "fidelidade e compromisso" e confirmão "na fé e de unidade na Igreja".
O cardeal dirige a Secretaria de Estado com origens que remontam o final do século XV e que tem assumido um caráter cada vez mais universal e ampliado, com novas funções devido às novas exigências em âmbito eclesial e nas relações com os Estados e as organizações internacionais: atualmente a Secretaria de Estado é formada por 246 funcionários (dos quais 181 na Seção para os Assuntos Gerais, 59 na Seção para as Relações com os Estados e 6 na Seção para as Representações Pontifícias), com todos os continentes representados, "quase metade de vocês são fiéis leigos. E as mulheres, leigas e religiosas, são mais de cinquenta", recordou o Papa XIV em discurso, ao acrescentar:
"Este desenvolvimento fez com que a Secretaria de Estado reflita hoje em si mesma o rosto da Igreja. Trata-se de uma grande comunidade que trabalha ao lado do Papa: juntos compartilhamos as questões, as dificuldades, os desafios e as esperanças do Povo de Deus presente em todo o mundo. Fazemos isso expressando sempre duas dimensões essenciais: a encarnação e a catolicidade."
Serviço que segue os desafios da história e da Igreja
A Igreja está "encarnada no tempo e na história", explicou o Pontífice, "para que a alegria do Evangelho possa chegar a todos e ser mediada nas culturas e nas línguas atuais. E, ao mesmo tempo, procuramos manter sempre um olhar católico, universal, que nos permite valorizar as diferentes culturas e sensibilidades". Duas dimensões, de "estar encarnado no tempo e ter uma visão universal", que devem fazer parte do trabalho diário, em "comunhão entre a Igreja de Roma e as Igrejas locais, bem como nas relações de amizade na comunidade internacional". Essa orientação, continuou o Pontífice, partiu ainda da reforma da Cúria Romana levada adiante por São Paulo VI, inspirado pela visão do Concílio Vaticano II:
"A encarnação, portanto, remete-nos à concretude da realidade e aos temas específicos e particulares, tratados pelos diferentes órgãos da Cúria; enquanto a universalidade, remetendo ao mistério da unidade multiforme da Igreja, exige um trabalho de síntese que possa ajudar a ação do Papa. E o elo de ligação e de síntese é precisamente a Secretaria de Estado."
A exortação aos "irmãos e filhos do Papa"
De fato, é justamente com Paulo VI, um "grande conhecedor da Cúria Romana", que Leão XIV finalizou o seu discurso com uma recomendação aos funcionários da Secretaria do Papa:
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