Papa no Domingo de Ramos: carregar a cruz de Cristo, como Sim?o, nunca ¨¦ em v?o
Andressa Collet - Vatican News
A Praça São Pedro deste Domingo de Ramos acolheu cerca de 40 mil pessoas para fazer memória à entrada do Senhor em Jerusalém e rezar a Santa Missa presidida pelo cardeal argentino Leonardo Sandri, vice-decano do Colégio Cardinalício - uma decisão do Papa Francisco que só se fez presente ao final da celebração, por causa do período de convalescença na Casa Santa Marta.
A comemoração da entrada festiva do Senhor em Jerusalém precedeu a missa, cujo trecho do Evangelho narrou a história da sua Paixão. Os ramos de oliveira, símbolo deste domingo (13/04), após abençoados foram levados em procissão do centro da Praça para o Sagrado por centenas de pessoas, entre cardeais, bispos, sacerdotes e leigos para iniciar a Liturgia da Palavra da celebração eucarística.
A cruz de Jesus torna-se a cruz de Simão
A homilia para a missa de Domingo de Ramos, solenidade que abre as celebrações da Semana Santa, foi preparada pelo Papa Francisco e lida pelo cardeal Sandri, prefeito emérito do Dicastério para as Igrejas Orientais. O Pontífice refletiu sobre a figura de um ¡°desconhecido", ¡°cujo nome entra inesperadamente no Evangelho: Simão de Cirene¡±. Francisco reforçou que, de ¡°modo inesperado e perturbador¡±, esse homem acabou sendo ¡°envolvido na história da salvação¡±.
O Papa meditou sobre o gesto e o coração de Simão no caminho para o Calvário, quando seguiu ao lado de Jesus, ¡°com quem teve que dividir a pena¡±. Um gesto ¡°tão ambivalente¡±, porque Cireneu é obrigado a carregar a cruz: ¡°não ajuda Jesus por convicção, mas por obrigação. Por outro lado, vê-se a participar pessoalmente na Paixão do Senhor. A cruz de Jesus torna-se a cruz de Simão¡±.
Para ¡°compreender se carrega ou suporta a cruz, é preciso olhar para o seu ³¦´Ç°ù²¹&³¦³¦±ð»å¾±±ô;&²¹³Ù¾±±ô»å±ð;´Ç¡±, acrescentou o Papa, pedindo que nos colocássemos no lugar de Cireneu: ¡°sentimos raiva ou piedade, tristeza ou aborrecimento?¡±. E Francisco recordou:
¡°A cruz de madeira, que o Cireneu carrega, é a de Cristo, que carrega o pecado de todos os homens. Carrega-o por nosso amor, em obediência ao Pai (cf. Lc 22, 42), sofrendo conosco e por nós.¡±
Os passos de Simão são os nossos
O Papa se deteve, assim, após o gesto e o coração de Simão, aos seus passos que ¡°nos ensinam que Jesus vem ao encontro de todos, em qualquer situação¡±. Inclusive naquela em que o ódio e a violência são protagonistas, porque Deus também ¡°faz deste caminho um lugar de redenção¡±. E Francisco refletiu:
¡°Quantos cireneus carregam a cruz de Cristo! Somos capazes de reconhecê-los? Vemos o Senhor nos seus rostos dilacerados pela guerra e pela miséria? Perante a injustiça atroz do mal, carregar a cruz de Cristo nunca é em vão, é antes a forma mais concreta de partilhar o seu amor salvador.¡±
Carregar a cruz no coração
O convite final do Pontífice, então, é para carregar a cruz de quem mais precisa, estendendo a mão, levantando quem cai, abraçando os desanimados:
atualização às 11h49 de 13/04/204
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