ÐÓMAPµ¼º½

Busca

O Papa Francisco durante um encontro com os fi¨¦is O Papa Francisco durante um encontro com os fi¨¦is  (ANSA)

Francisco: di¨¢logo e diplomacia s?o necess¨¢rios para construir uma paz duradoura

Numa mensagem aos participantes do VI Congresso Internacional ¡°Pelo equil¨ªbrio do mundo¡±, em Havana, o Papa sublinha que a esperan?a ¡°nos torna dispon¨ªveis a partilhar os sofrimentos, as dificuldades, as desilus?es e o medo que acompanham a vida de cada homem e de cada sociedade". ? preciso aprender a ¡°partilhar com os pobres¡± e a ¡°se abrir com generosa acolhida aos outros¡± para ¡°contribuir com o que somos e temos para o bem comum¡±.

Tiziana Campisi/Mariangela Jaguraba ¨C Vatican News

É preciso "trabalhar com determinação" para que a esperança, que nos é dada pela fé e pelo amor de Jesus Cristo e, portanto, fundada no amor, "se traduza em paz para o mundo". É necessário abandonar "a lógica da violência" e empenhar-se no diálogo e na diplomacia "para construir com coragem e criatividade espaços de negociação que visem uma paz duradoura". É o que escreve o Papa Francisco numa mensagem aos participantes da VI Conferência Internacional intitulada "Pelo equilíbrio do mundo", que se abriu na terça-feira (28/01), em Havana, Cuba, e se concluirá na sexta-feira 31 de janeiro. No texto, o Papa adverte que nenhum esforço será bem-sucedido "se não fizer com que todo ser humano, impedido de se abrir à vida com entusiasmo, devido ao ritmo frenético da existência, medo pelo futuro, falta de segurança no emprego e proteção social adequada, modelos sociais cuja agenda é ditada pela busca do lucro em vez do cuidado das relações, possa olhar para o futuro com esperança".

Ouça e compartilhe

As instituições e a sociedade devem comprometer-se com todos

Para Francisco, ¡°são louváveis ??todas as iniciativas que buscam abrir caminhos para tantos irmãos e irmãs que vivem em condições difíceis, seja qual for a causa¡±. As instituições e a sociedade no seu conjunto, ¡°com a colaboração de todos os agentes sociais¡±, devem empreender ¡°iniciativas e percursos que lhes restaurem a confiança em si mesmos e na sociedade¡±, sugere o Papa, sublinhando que ¡°os pobres e os doentes, os jovens e os idosos, os migrantes e as pessoas deslocadas, e as que não têm liberdade¡± devem ser colocadas no centro. ¡°Ninguém deve ser excluído e todos devem ver respeitada a sua dignidade humana¡±, escreve o Papa, recomendando ainda que ¡°os voluntários e os profissionais envolvidos nestas áreas ¡°tenham sempre os meios adequados para levar adiante este encorajamento em benefício de toda a humanidade¡±.

Não deixar que o mal domine

Na mensagem, o Pontífice recorda, lembrando a Bula Spes non confundit, que quis dedicar este Ano Jubilar à esperança, como apelo a todos os homens de boa vontade. Um ¡°ano de graça¡± e ¡°oportunidade para restabelecer a paz e a fraternidade social¡±, através do perdão e da reconciliação¡±. Por isso, na mesma Bula, foram propostas "uma série de sinais e recordação de esperança" a serem assumidos "no âmbito social e cultural", para redescobrir hoje "esta preciosa virtude", prestando "atenção ao grande bem" que está presente no mundo para não cairmos na tentação de nos considerarmos dominados pelo mal e pela violência".

Partilhar os sofrimentos e dificuldades dos outros

¡°A esperança se revela um valor apropriado¡± para o congresso em andamento na capital cubana, que pretende ser aberto, plural e multidisciplinar, investigando ¡°as razões que movem o coração humano¡±, observa Francisco. Esperança que, como se lê na Carta Encíclica Dilexit nos, ¡°nos torna disponíveis a partilhar os sofrimentos, as dificuldades, as desilusões e o medo¡± que acompanham a vida de cada homem e de cada sociedade¡±. É preciso ¡°reconhecer em cada homem e em cada mulher a imagem de Deus¡±, continua Francisco, exortando ¡°a ser irmãos e irmãs e a fazer parte da família humana e da família dos filhos de Deus¡±. E isto ¡°também fora do âmbito da f顱, porque todos ¡°somos chamados a viver a generosidade fraterna e tudo o que fazemos pelos outros diz respeito a nós como indivíduos e como sociedade¡±. ¡°Aprendamos esta lição do amor¡±, exorta o Papa, ¡°construindo a esperança naquele equilíbrio que procura garantir a todos o que eles precisam¡±. Por isso, conclui o Pontífice, devemos aprender ¡°a partilhar com os pobres¡± e ¡°a abrir-nos com generosa acolhida aos outros, para saber contribuir com o que somos e temos para o bem comum¡±.

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp

29 janeiro 2025, 09:19