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Papa no Angelus: oferecer a m?o para acolher o irm?o, sem r¨®tulos e preconceitos

Francisco refletiu sobre dois casos de cura relatados no mesmo epis¨®dio que traz o Evangelho da liturgia deste domingo (30/06). Dois milagres que aconteceram com o toque de Jesus a duas mulheres consideradas impuras. Sem medo, ele se deixou tocar e tocou para curar, sem "discriminar ningu¨¦m porque ama todos", disse o Papa, ao exortar essa proximidade a cada um de n¨®s: "precisamos de uma Igreja e sociedade que n?o excluam ningu¨¦m", para acolher e amar "sem r¨®tulos e preconceitos".
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Andressa Collet - Vatican News

Neste domingo (30/06), de Solenidade dos Santo Pedro e Paulo no Brasil, o Papa Francisco rezou o Angelus com os fiéis na Praça São Pedro. Na alocução que precedeu a oração mariana, o Pontífice refletiu sobre o Evangelho da liturgia de hoje que trata de dois milagres relatados em único episódio (Mc 5:21-43), "um de cura e outro de ressureição": a cura da mulher que sofria de hemorragia e foi curada apenas tocando no manto de Cristo; e a filha de Jairo que foi tomada pela mão por Jesus, que estando morta, levantou-se e voltou a viver.

Os dois casos "ocorrem por meio do contato físico", recordou o Papa, que indagou: "por qual motivo é importante esse 'tocar'? ". Porque ambas "são consideradas impuras", segundo "uma concepção religiosa errônea", e não se poderia haver um contato físico com elas. Mas, sem medo, Jesus se deixa tocar porque Deus não separa os puros dos impuros. 

¡°Deus não faz essa separação, porque todos somos seus filhos, e a impureza não vem da comida, da doença ou mesmo da morte, mas a impureza vem de um coração impuro.¡±

O acolhimento sem discriminação, rótulos e preconceitos 

Deus, insistiu o Papa, não mantém distância "diante do sofrimento do corpo e do espírito, das feridas da alma, das situações que nos esmagam e até mesmo diante do pecado". Deus "não se envergonha de nós, não nos julga; ao contrário, Ele se aproxima para se deixar tocar e para nos tocar, e sempre nos levanta da morte", como fez com a filha de Jairo:

"Fixemos no coração essa imagem que Jesus nos dá: Deus é aquele que toma você pela mão e o levanta, aquele que se deixa tocar pela sua dor e o toca para curá-lo e dar-lhe vida novamente. Ele não discrimina ninguém porque ama todos."

E da nossa parte, então, questionou Francisco ao final da alocução que precedeu a oração mariana do Angelus, "acreditamos que Deus é assim?". E ainda: nos deixamos ser tocados pela Palavra e pelo amor do Senhor? E quando se trata do nosso irmão, a gente oferece a mão para se levantar ou mantém distância, "rotulando as pessoas"?

¡°Irmãos e irmãs, olhemos para o coração de Deus, precisamos que a Igreja e a sociedade não excluam ninguém, que não tratem ninguém como 'impuro', para que todos, com as próprias histórias, sejam acolhidos e amados sem rótulos, sem preconceitos, sejam amados sem adjetivos.¡±

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30 junho 2024, 12:17