ÐÓMAPµ¼º½

Busca

Jesus sendo tentado pelo dem?nio Jesus sendo tentado pelo dem?nio 

As palavras dos Papas sobre o diabo, um inimigo astuto que realmente existe

Neste tempo quaresmal propomos novamente algumas palavras dos Pont¨ªfices sobre a realidade do dem?nio, ¡°o tentador por excel¨ºncia¡± que ¡°invadiu a terra com o ¨®dio¡±. Um inimigo, com quem n?o se dialoga, a ser combatido com as ¡°armas espirituais¡± da f¨¦. Um ¡°encantador¡± perverso que ¡°n?o pode impedir a constru??o do reino de Deus¡±.

Amedeo Lomonaco ¨C Cidade do Vaticano

A Quaresma é um período de conversão, penitência e reconciliação. Um tempo para acolher a nova vida que vem da Páscoa. Um momento propício para empreender caminhos de fé, mesmo atravessando desertos repletos de vazios e incertezas, rechaçando as tentações e os enganos do maligno. Os Pontífices falaram repetidamente sobre a realidade do diabo, ¡°pecador desde o princípio¡± e ¡°pai da mentira¡±.

Bento XVI: Jesus deixa-se tentar e permanece o Filho de Deus

 

No Evangelho de Marcos lê-se que "o Espírito impeliu Jesus para o deserto. E esteve no deserto quarenta dias, sendo tentado por Satanás". O Papa Bento XVI recorda esta passagem no .  "Também na situação de pobreza e humildade extremas, quando é tentado por Satanás", Jesus "permanece o Filho de Deus, o Messias, o Senhor":

Na Terra Santa, a oeste do rio Jordão e do oásis de Jericó, encontra-se o deserto de Judá que, ao longo de vales pedregosos, ultrapassando um desnível de cerca de mil metros, sobe até Jerusalém. Depois de ter recebido o baptismo de João, Jesus entrou naquela solidão conduzido pelo próprio Espírito Santo, que tinha descido sobre Ele, consagrando-O e revelando-O como Filho de Deus. No deserto, lugar da provação, como mostra a experiência do povo de Israel, sobressai com profunda dramaticidade a realidade da kenosi, do esvaziamento de Cristo, que se despojou da forma de Deus (cf. Fl 2, 6-7). Ele, que não pecou e não pode pecar, submete-se à prova e por isso pode compadecer-se da nossa enfermidade (cf. Hb 4, 15). Deixa-se tentar por Satanás, o adversário, que desde o princípio se opôs ao desígnio salvífico de Deus em benefício dos homens.

Pio XII: o maligno invadiu a Terra

 

As ações de Satanás corrompem o homem, semeiam o ódio e a guerra. O Papa Pio XII, num período histórico ainda dilacerado pelas feridas da Segunda Guerra Mundial, pronunciou estas palavras na dirigida à Ação Católica Italiana e indicou o amor autêntico como verdadeiro antídoto contra o «inimigo de Deus».

O demônio invadiu a Terra com o ódio: façam reviver, com força, o amor. Muitos ainda são maus porque não foram até agora suficiente amados. Vivifiquem tudo o que cai sob a influência dos vossos raios. Sejam, isto é, como Maria e com Maria, instrumentos de vida nas almas, que hoje morrem de frio e de fome, mas poderiam voltar à casa do Pai, se fossem tocadas pelas vossas palavras, arrastadas pelo vosso exemplo.

Paulo VI: o diabo é um traiçoeiro encantador

 

O demônio é ¡°o inimigo número um, é o tentador por excelência¡±. Na A, o Papa Paulo VI recordou que uma das maiores necessidades da Igreja ¡°é a defesa daquele mal que chamamos o demônio¡±. Através de múltiplas fissuras, entre as quais  ¡°as seduções ideológicas¡±, este encantador, perturbador, astuto e oculto, ¡°pode facilmente penetrar e alterar a mentalidade humana¡±.

Sabemos assim que esse ser sombrio e perturbador realmente existe e que com astúcia traiçoeira ainda age; é o inimigo oculto que semeia erros e infortúnios na história humana. (...) Seria este um capítulo muito importante da doutrina católica a ser reestudado - sobre o demônio e sobre a influência que ele pode exercer sobre pessoas individualmente, bem como sobre comunidades, sobre inteiras sociedades, ou sobre acontecimentos -, enquanto hoje pouco é.

João XXIII: o diabo se combate com a fé

 

Na luta contra o diabo, deve-se usar ¡°armas espirituais¡±. É o que sublinha o Papa João XXIII,  em uma conjuntura da história prejudicada pela Guerra Fria, na dirigida ao mundo inteiro ¡°pela harmonia dos povos e pela tranquilidade da família humana¡±:

Se quisermos seguir São Paulo nas suas advertências ¨C que dizem respeito à atitude contra estes espíritos malignos espalhados nos ares ¨C é interessante a descrição que ele nos deixa de todo bom combatente, preparado de forma tal a estar pronto contra o seu adversário. «In omnibus perfecti stare: Ficai alerta, à cintura cingidos com a verdade, o corpo vestido com a couraça da justiça, e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz. Sobretudo, embraçai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a Palavra de Deus. Toda uma figuração de armas espirituais, por meio das quais, amados Nossos Irmãos e filhos, vocês identificam indicações do que pode ser, do que deve ser a atitude do bom cristão em cada tempo e circunstância, e perante qualquer acontecimento. Guerra espiritual aquela que vem do Maligno e de indisciplinadas inclinações naturais; mas sempre a guerra: e sempre chama nefasta que tudo pode penetrar e dominar.

Francisco: o maligno semeia divisão

 

Ao longo de seu pontificado, o Papa Francisco tem repetidamente nos recordado que ¡°nunca se dialoga com o diabo¡±. ¡°Jesus ¨C sublinha o Pontífice na A ¨C nunca dialogou com o diabo, ele o expulsou. Quando foi tentado no deserto, ele não respondeu com o diálogo; simplesmente respondeu com as palavras da Sagrada Escritura, com a Palavra de Deus". A única resposta possível é a Palavra de Deus. Na homilia, durante a , por ocasião do 60º aniversário do início do Concílio Ecumênico Vaticano II, Francisco sublinha que «o bom Pastor vê e quer o seu rebanho unido».

O Concílio recorda-nos que a Igreja, à imagem da Trindade, é comunhão. Em vez disso, o diabo quer semear a cizânia da divisão. Não cedamos às suas adulações, não cedamos à tentação da polarização. Quantas vezes, depois do Concílio, os cristãos se empenharam por escolher uma parte na Igreja, sem se dar conta de dilacerar o coração da sua Mãe! Quantas vezes se preferiu ser «adeptos do próprio grupo» em vez de servos de todos, ser progressistas e conservadores em vez de irmãos e irmãs, «de direita» ou «de esquerda» mais do que ser de Jesus; arvorar-se em «guardiões da verdade» ou em «solistas da novidade», em vez de se reconhecer como filhos humildes e agradecidos da santa Mãe Igreja. O Senhor não nos quer assim. Todos, todos somos filhos de Deus, todos irmãos na Igreja, todos Igreja, todos. Somos as suas ovelhas, o seu rebanho, e só o seremos juntos, unidos.

João Paulo II: o diabo não pode impedir o reino de Deus

 

Embora poderoso e astuto, o diabo é somente uma criatura ¡°subordinada à vontade e ao domínio de Deus¡±. João Paulo II, na A sublinha que «a história da humanidade pode ser considerada como uma função da salvação total, na qual está inscrita a vitória de Cristo».

Se Satanás opera no mundo com o seu ódio contra Deus e o seu reino, isso é permitido pela Providência divina que dirige a história do homem e do mundo com poder e bondade ("fortiter et suaviter"). Se a ação de Satanás certamente provoca muitos danos - de natureza espiritual e indiretamente de natureza também física - aos indivíduos e à sociedade, ele não é, no entanto, capaz de anular a definitiva finalidade para o qual tendem o homem e toda a criação, o Bem.

O Papa Wojtyla conclui afirmando que ¡°a Igreja participa na vitória de Cristo sobre o diabo¡±. E mesmo que a história terrena continue a ser desfigurada pelos enganos do diabo, cada crente é chamado a "lutar pelo triunfo definitivo do Bem".

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp

05 mar?o 2024, 08:22