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Salvatore Cernuzio - Vatican News

Foi a primeira vez de um Papa nos estúdios de televisão da RAI ('Radiotelevisione Italiana'), a empresa de TV e rádio estatal da Itália. Francisco chegou por volta das 15h deste sábado (27), hora local, na sede da Saxa Rubra para gravar uma entrevista. O material será transmitido no próximo domingo, 4 de junho, no programa religioso 'A Sua Immagine': há 26 anos no ar, nasceu da colaboração entre a rede pública e a Conferência Episcopal Italiana (CEI) e é transmitido aos domingos. Entre seus telespectadores está inclusive o próprio Pontífice, o que mencionou várias vezes durante o Angelus.

Aplausos e "Viva o Papa"

O Papa chegou a bordo do seu Fiat 500 branco, enquanto vários funcionários da RAI, alinhados em duas fileiras, o recebiam com aplausos. Depois de sair do carro, Francisco imediatamente se sentou na cadeira de rodas que vinha usando há meses em suas longas viagens; alguém da multidão gritou "Viva o Papa". Dando as boas-vindas ao Papa Bergoglio na Saxa Rubra estavam o diretor administrativo da RAI, Roberto Sergio, e a apresentadora Lorena Bianchetti.

Entrevista adiada para março

A entrevista em questão estava marcada para 29 de março deste ano, na prisão Regina Coeli, em Roma. Ela foi adiada devido à internação do Papa no Policlínico Gemelli por causa de uma bronquite infecciosa. Agora foi gravada diretamente nos estúdios da RAI. As imagens divulgadas pelos canais da mesma emissora mostram Francisco sentado com outros convidados na sala do progama "A Sua Immagine", ao lado de Bianchetti, que já havia entrevistado o Pontífice em 2022, em um episódio especial de Sexta-feira Santa. Em seguida, o Papa recebeu toda a equipe editorial em audiência no dia 4 de março no Vaticano e, em seu discurso, confessou que havia gostado de assistir ao programa por alguns minutos, antes de olhar pela janela do Palácio Apostólico, de onde - disse ele - "mencionei alguns conteúdos que me impressionaram particularmente". Em seguida, o Papa encorajou a missão de "A Sua Immagine", em particular a de dar voz àqueles que sofrem, de modo a contribuir para "globalizar" a solidariedade e não a indiferença já amplamente "globalizada" de hoje.