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 Armida Barelli (1882-1952) uma das protagonistas do catolicismo italiano Armida Barelli (1882-1952) uma das protagonistas do catolicismo italiano 

Papa sobre Armida Barelli: ensinou a viver a santidade como leigos

¡°Sua experi¨ºncia pessoal marcou um passo decisivo na vis?o dos leigos: a descoberta de como a vida laical, dentro do Povo de Deus, ¨¦ a forma de viver a santidade". Palavras escritas pelo Papa Francisco no pref¨¢cio do livro sobre Armida Barelli (1882-1952), uma das protagonistas da hist¨®ria da A??o Cat¨®lica na It¨¢lia. O livro escrito por Ernesto Preziosi ¡°Armida Barelli, A cigana do bom Deus¡± ser¨¢ publicado no dia 1¡ã de abril pelas edi??es San Paolo

Jane Nogara - Vatican News

O Papa Francisco escreveu o prefácio do livro de Ernesto Preziosi ¡°Armida Barelli, A cigana do bom Deus¡± (tradução livre), no qual aprofunda a figura de Armida Barelli (1882-1952), uma mulher crucial no catolicismo italiano contemporâneo, que foi fundamental para propor uma nova visão da mulher na Igreja e na sociedade. . Ela fazia parte do movimento da Ação Católica, e levou uma inovação decisiva na organização das jovens em um apostolado popular. De Milão, seu compromisso se espalhou pelo país, onde ela deu vida à maior e mais difundida associação de mulheres. Ela viajava frequentemente em meio a mil dificuldades, tanto que se sentia como "uma cigana do bom Deus".

Ação Católica 

No seu prefácio Francisco escreveu que ¡°Armida Barelli foi uma mulher que pode ser considerada entre as principais protagonistas do caminho providencial que é a história da Ação Católica¡±. ¡°A Igreja", continuou o Papa, "pode testemunhar que a Ação Católica abriu novas perspectivas no campo da responsabilidade laical na Evangelização. Muitos evangelizados e formados pela Ação Católica trouxeram verdade, profundidade e vaidade a áreas civilizadas, que muitas vezes são proibidas à fé. Os santos leigos e beatos da Ação Católica são uma riqueza para a Igreja. São os chamados ¡®os santos da porta ao lado¡¯ de tantas comunidades".

Armida Barelli
Armida Barelli

Co-responsabilidade e obediência

Ao percorrer seu caminho eclesial e de associação Francisco recorda que este apresenta aspectos que de certa forma são únicos: ¡°uma escolha radical de fé vivida dentro da modernidade do século XX, juntamente com uma profunda relação com a Igreja feita de co-responsabilidade e obediência¡±. O Papa escreveu que também vale a pena recordar sua particular relação com três pontífices: ¡°Bento XV, que lhe confiou seu primeiro mandato, Pio XI, que durante muitos anos apoiou pessoalmente seus esforços organizacionais, e Pio XII, que confirmou sua confiança nos dramáticos anos de guerra e reconstrução¡±.

Ao falar sobre sua devoção escreveu: ¡°Em sua experiência de apostolado a figura de São Francisco tem uma centralidade decisiva, que a leva a viver sua vida e seu compromisso como resposta vocacional radical; a isto se une uma renovada devoção ao Sagrado Coração, ¡®no qual o amor de Deus se deu a conhecer a toda a humanidade¡¯ e que alimenta a confiança em Deus em todas as situações e provas da existência".

Na parte conclusiva de seu prefácio Francisco recordou: ¡°Sua vida foi feita de escuta e acolhida do Evangelho, tornando-se testemunha de ¡®um vínculo entre o que se escuta e o que se vive¡¯, uma síntese ¡®entre Palavra e vida¡¯ que ¡®faz da fé uma experiência encarnada¡¯ através de percursos formativos sem nunca ceder à bulimia do ativismo¡±. De fato, continua o Papa "programas e organogramas são úteis, mas apenas como ponto de partida, como inspiração; o que leva o Reino de Deus adiante é a docilidade ao Espírito, é o Espírito a nossa docilidade e a presença do Senhor. A liberdade do Evangelho".

¡°Uma mulher que fez da secularidade ¡®um antídoto para a auto-referencialidade¡¯, uma característica que nos permite caminhar juntos para encontrar pessoas nas condições particulares em que vivem¡±

 Por fim Francisco escreveu:

¡°Sua experiência pessoal marca um passo decisivo na visão dos leigos: não mais uma condição de minoria, mas a descoberta de como esta vida laical, dentro do Povo de Deus, é a forma de viver a santidade. Neste sentido, a experiência de fé e compromisso eclesial de Armida Barelli, e o projeto de formação que ela promoveu na Ação Católica, antecipam a visão do chamado universal à santidade indicado pelo Concílio Vaticano II".

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31 mar?o 2022, 16:00