Papa: a exemplo de Pedro e Paulo, abandonar as m¨¢scaras por Igreja mais mission¨¢ria
Andressa Collet - Vatican News
No dia da Solenidade de São Pedro e São Paulo e após presidir a celebração na Basílica Vaticana, o Papa rezou a oração mariana do Angelus com os fiéis da janela do seu escritório no Palácio Apostólico. A Praça São Pedro recebeu muitos peregrinos e turistas por ocasião da festa dos santos padroeiros de Roma nesta terça-feira (29), feriado na capital italiana e no Vaticano.
E olhando justamente para a vida de Pedro e Paulo e através do Evangelho de hoje (Mt 16, 13-19), o Papa Francisco nos dirigiu uma provocação feita pelo próprio Jesus aos discípulos: ¡°quem dizem as pessoas que Eu sou?¡± e ¡°quem sou Eu para ti?¡±. A primeira questão ¡°tratava-se de uma sondagem para descobrir quais eram as opiniões sobre Ele e a fama de que gozava, mas a notoriedade não interessa a Jesus¡±, observou o Pontífice. Por isso da importância de conseguir reconhecer a ¡°diferença fundamental da vida crist㡱 para não se limitar à segunda pergunta, sobre as opiniões dos outros e falando ¡°de Jesus¡±, mas entrando em relação com Ele, falando ¡°com Jesus¡±, como testemunharam Pedro e Paulo.
Seguir o testemunho de vida de Pedro e Paulo
O Papa, assim, encorajou a aceitarmos essa provocação, seguindo o testemunho de vida dos Apostólos que nem sempre foram ¡°exemplares¡±, mas ¡°transparentes¡± já que tiveram toda a ¡°história nua e crua nos Evangelhos, com todas as misérias¡±. Só assim, ¡°da luta contra as próprias duplicidades e falsidades¡±, o Senhor pode fazer grandes coisas através de nós, enfatizou Francisco, para não corrermos o risco ¡°de dar pareceres e opiniões, de ter grandes ideias e dizer belas palavras, mas de nunca nos colocarmos em jogo¡±:
¡°Quantas vezes, por exemplo, dizemos que gostaríamos de uma Igreja mais fiel ao Evangelho, mais próxima do povo, mais profética e missionária, mas depois, na prática, nada fazemos! É triste ver que muitos falam, comentam e debatem, mas poucos testemunham. As testemunhas não se perdem em palavras, mas dão fruto. Não se queixam dos outros e do mundo, mas começam por si próprias. Lembram-nos que Deus não deve ser demonstrado, mas mostrado; não anunciado com proclamações, mas testemunhado com o exemplo.¡±
Quem sou Eu para ti?
O Pontífice finalizou, então, a alocução que precedeu a oração mariana do Angelus, reforçando para que não nos preocupemos ¡°em cuidar de defender a nossa imagem¡±, mas, ao contrário, busquemos seguir os passos dos Apóstolos:
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