Papa: o Evangelho n?o ¨¦ reservado a poucos eleitos. Padre Lancellotti, sua vida com os pobres
Vatican News
¡°O Evangelho não é reservado a poucos eleitos. Também aqueles que estão à margem¡±, os ¡°rejeitados e desprezados pela sociedade, são considerados por Deus dignos do seu amor. Para todos Ele prepara seu banquete: justos e pecadores, bons e maus, inteligentes e incultos.¡±
A parábola do banquete nupcial descrita no Evangelho de São Mateus, proposto para este XXVIII Domingo do Tempo Comum, inspirou a reflexão do Papa no Angelus, quando recordou, que ¡°não basta aceitar o convite para seguir o Senhor, é preciso estar disponível para um caminho de conversão, que muda o coração. A veste da misericórdia, que Deus nos oferece incessantemente, é um dom gratuito do seu amor, é graça. E requer ser acolhido com estupor e alegria.¡±
Dirigindo-se aos presentes na Praça São Pedro em um domingo chuvoso, Francisco começou explicando que com a parábola, ¡°Jesus traça o projeto que Deus concebeu para a humanidade. O rei que "preparou a festa de casamento do seu filho" é a imagem do Pai que organizou para toda a família humana uma maravilhosa festa de amor e comunhão ao redor de seu Filho unigênito¡±.
Ele manda seus servos chamarem os convidados que, por estarem ocupados com outros afazeres, recusam o convite, "não querem ir à festa", como acontece conosco muitas vezes, ao darmos preferência ¡°aos nossos interesses e coisas materiais, em vez do Senhor que nos chama¡±.
Ninguém é excluído da casa de Deus
¡°Mas o rei da parábola não quer que a sala fique vazia, porque deseja doar os tesouros de seu reino¡± - explica o Papa - e diz aos seus servos para irem às encruzilhadas dos caminhos para convidar aqueles que encontrarem.
Evangelho não é reservado a poucos eleitos
É para essa humanidade das encruzilhadas ¨C enfatiza o Pontífice - que o rei da parábola envia seus servos, ¡°na certeza de encontrar pessoas dispostas a sentarem-se à mesa. Assim, a sala de banquetes enche-se de "excluídos", aqueles que estão "fora", daqueles que nunca pareceram dignos de participar de uma festa, de um banquete de casamento. Antes pelo contrário, o rei diz aos mensageiros" para chamarem todos, "bons e maus, todos. Deus chama também os maus (..). Jesus, Deus não tem medo da nossa alma ferida de tanta maldade, porque nos ama, nos convida":
Padre Júlio Lancellotti: mensageiro de Deus que vai às encruzilhadas dos caminhos
Saindo do texto, Francisco fala de seu telefonema ao padre Júlio Lancellotti na tarde de sábado, ele que trabalha com o Povo da Rua na Arquidiocese de São Paulo:
A gratuidade da graça e da misericórdia
Todavia ¨C continuou o Papa ¨C o Senhor coloca uma condição: usar o traje de festa, uma ¡°espécie de capa que cada convidado recebia de presente na entrada, pois "as pessoas iam como estavam vestidas, como podiam se vestir, não usavam roupas de gala.¡± Mas ao entrar na sala repleta e saudar os ¡°convidados de último hora¡±, o rei observa que um deles está sem as vestes. Como rejeitou o presente gratuito, ¡°se auto excluiu. Assim, não restou ao rei que jogá-lo fora. Mas, "por quê?", pergunta Francisco, que explica:
Sair das visões estreitas
Que Maria Santíssima ¨C pediu o Francisco ao concluir - nos ajude a imitar os servos da parábola do Evangelho, no sair de nossos esquemas e de nossas visões estreitas, anunciando a todos que o Senhor nos convida ao seu banquete, para nos oferecer a graça que salva, para dar-nos o dom.
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