Gratid?o, coragem, tribula??o e louvor: as palavras do Papa para as voca??es
Bianca Fraccalvieri - Cidade do Vaticano
¡°As palavras da vocação¡±: este é o título da do Papa Francisco para o 57o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que será celebrado no IV Domingo da Páscoa, em 3 de maio.
Para ¡°agradecer aos sacerdotes e apoiar o seu ministério¡±, o Pontífice escolheu a experiência de Jesus e Pedro durante a noite de tempestade no lago de Tiberíades e ressaltou quatro palavras-chave: gratidão, coragem, tribulação e louvor.
Para Francisco, a imagem desta travessia do lago sugere ¡°a viagem da nossa existência¡±.
¡°De fato, o barco da nossa vida avança lentamente, sempre à procura de um local afortunado de atracagem, pronto a desafiar os riscos e as conjunturas do mar, mas desejoso também de receber do timoneiro a orientação que o coloque finalmente na rota certa. Às vezes, porém, é possível perder-se, deixar-se cegar pelas ilusões.¡±
Gratidão
Mas, na aventura desta travessia, o Evangelho diz que não estamos sós. O Senhor caminha sobre as águas e convida Pedro a vir ao encontro Dele. Assim, destaca o Papa, a primeira palavra da vocação é gratidão.
Mais do que uma escolha nossa, recorda Francisco, a vocação é resposta a uma chamada gratuita do Senhor; por isso será possível descobri-la e abraçá-la quando o coração se abrir à gratidão e souber individuar a passagem de Deus pela nossa vida.
Coragem
Coragem é outra palavra selecionada pelo Papa. É a palavra que Jesus diz aos discípulos quando, incrédulos e assustados, O veem caminhar sobre as águas. A mesma incredulidade quando estamos para abraçar um estado de vida, que seja o matrimônio, o sacerdócio ordenado ou a vida consagrada.
Esta é a minha vocação? Estou no caminho certo? O Senhor pede isto a mim? Considerações, justificações e cálculos fazem perder o ímpeto e paralisam na margem de embarque.
Tribulação
Toda a vocação requer empenho e aqui entram em jogo as tribulações, que o Papa prefere chamar ¡°fadigas¡±. Se nos deixarmos levar pelas responsabilidades que nos esperam ou pelas adversidades que surgirão, logo desviaremos o olhar de Jesus e, como Pedro, arriscamos naufragar.
Pelo contrário, exorta Francisco, a fé permite caminhar ao encontro do Senhor Ressuscitado e vencer as próprias tempestades. ¡°Pois Ele estende-nos a mão, quando, por cansaço ou medo, corremos o risco de afundar e dá-nos o ardor necessário para viver a nossa vocação com alegria e entusiasmo.¡±
Louvor
Por fim, o louvor. Quando Jesus sobe para o barco, cessa o vento e aplacam-se as ondas. ¡°É uma bela imagem daquilo que o Senhor realiza na nossa vida e nos tumultos da história, especialmente quando estamos em meio à tempestade.¡±
O Papa reconhece a fadiga, a solidão, o risco da monotonia que pouco a pouco apaga o fogo ardente da vocação e cita novamente as palavras de Cristo: ¡°Coragem, não tenhais medo! Jesus está ao nosso lado (...) E então a nossa vida, mesmo no meio das ondas, abre-se ao ±ô´Ç³Ü±¹´Ç°ù¡±.
O Pontífice então conclui:
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp