As indica??es do Papa para a redu??o de locais de culto
Cidade do Vaticano
"Deus não habita mais aqui? Redução dos locais de culto e gestão integrada dos bens culturais eclesiásticos": este é o tema de um Congresso que está em andamento na Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma.
O evento é promovido pelo Pontifício Conselho para a Cultura, com a colaboração da Conferência Episcopal Italiana. No início dos trabalhos, o presidente, Card. Gianfranco Ravasi, leu uma mensagem enviada pelo Papa Francisco.
Sinais dos tempos
No texto, o Pontífice recorda que os bens culturais da Igreja são testemunhas da fé da comunidade que os produziu nos séculos, e por isso são instrumentos de evangelização. ¡°Esta eloquência originária pode ser mantida mesmo quando não são mais utilizados na vida ordinária de Deus¡±, recorda o Papa.
Para Francisco, a constatação de que muitas igrejas, até poucos anos atrás necessárias, mas hoje não mais, seja por falta de fiéis e de clero, seja por uma distribuição diferente da população nas cidades e nas zonas rurais, não deve ser acolhida com ansiedade pela Igreja. Pelo contrário, esta constatação deve ser interpretada como um sinal dos tempos ¡°que nos convida a uma reflexão e nos impõe uma adaptação¡±.
Esta reflexão, iniciada há algum tempo no plano técnico em âmbito acadêmico e profissional, já foi enfrentada por alguns episcopados. Por isso, escreve o Papa, a contribuição deste Congresso é certamente fazer emergir a amplidão das problemáticas e compartilhar experiências virtuosas graças à presença dos delegados das Conferências Episcopais da Europa e de alguns países da América do Norte e da Oceania.
Discernimento dos bispos
Do Congresso sairão sugestões e indicações de linhas de ação, mas as escolhas concretas caberão aos bispos, aponta Francisco.
¡°A eles recomendo vivamente que cada decisão seja fruto de uma reflexão conjunta conduzida dentro da comunidade cristã e em diálogo com a comunidade civil. A redução não deve ser a primeira e a única solução à qual pensar nem jamais ser efetuada com o escândalo dos fiéis. Caso seja necessária, deveria ser inserida na ordinária programação pastoral, precedida por uma adequada informação e resultar a mais compartilhada possível.¡±
O Pontífice conclui recordando que a edificação de uma igreja ou o seu novo destino não são operações a serem tratadas somente sob o aspecto técnico ou econômico, mas devem ser avaliadas segundo o espírito da profecia: ¡°através dele, de fato, passa o testemunho da fé da Igreja, que acolhe e valoriza a presença do seu Senhor na história¡±.
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