Papa aos rosminianos: ter a m?o sempre estendida aos que sofrem
Jackson Erpen ¨C Cidade do Vaticano
Destacando as palavras do fundador Beato Antonio Rosmini, sobre o afeto, o apego e o respeito sem limites pela Santa Sé do Romano Pontífice, o Papa Francisco dirigiu-se na manhã desta segunda-feira aos 30 participantes do Capítulo Geral do Instituto da Caridade, também conhecidos como Rosminianos, recebidos em audiência na Sala dos Papas.
¡°A fidelidade à sé de Pedro ¨C disse o Santo Padre - expressa a unidade na diversidade e a comunhão eclesial, elemento imprescindível para uma frutuosa missão¡±.
¡°Sejam perfeitos, sejam misericordiosos¡±, tema desta Congregação Geral, significa ¨C observou o Pontífice - ¡°colocar em primeiro plano a alegre notícia que todo cristão é chamado à santidade e de percorrer juntos este caminho na caridade¡±:
¡°A santidade e o exercício das virtudes não são reservados a poucos, e tampouco a algum momento particular da existência. Todos podem vivê-la na cotidiana fidelidade à vocação cristã; os consagrados, em particular, na fiel adesão à profissão religiosa¡±.
A santidade ¨C sublinhou o Papa ¨C é o caminho da verdadeira reforma da Igreja, que, como viu claramente Rosmini, transforma o mundo na medida em que ela reforma a si mesma¡±.
E ele quis atribuir a denominação de ¡°Instituto da Caridade¡± à sua família religiosa, justamente ¡°para evidenciar a supremacia da virtude da caridade, que, como disse São Paulo, deve ser colocada acima de tudo¡±:
¡°E Rosmini acompanhava a caridade com uma forte "firmeza interior", intrépido no "calar": que o seu exemplo estimule vocês a progredir na fecundidade do silêncio interior e no heroísmo do silêncio exterior. Esse é o caminho que produz frutos de bem e de santidade, o caminho que os santos percorreram e que a Igreja indica para todo crente. Também é importante manter aquela "santa indiferença" que seu Fundador pegou de Santo Inácio de Loyola: sem ela não é possível implementar uma autêntica caridade universal¡±.
O Papa também exortou os rosminianos a organizarem nas atividades eclesiais ¡°as obras de caridade corporal, intelectual, espiritual e pastoral¡±, de modo a sempre satisfazer o Espírito Santo, que indica onde, quando e como amar¡±.
Já em relação à ¡°ação educativa¡±, Francisco alertou que ela não deve ¡°reduzir-se a uma simples instrução, mas à caridade intelectual¡±, pois ¡°o centro vivo da educação cristã é a ciência que é transmitida a partir da palavra de Deus, cuja plenitude é Jesus Cristo, Verbo feito carne¡±.
O Papa encorajou os religiosos ¨C presentes na Índia, Tanzânia, Quênia, Estados Unidos e Europa - a serem ¡°homens das mãos sempre estendidas aos que sofrem, para levar a eles o socorro da fé e da caridade¡±:
¡°Penso em particular nos confrades de vocês e nas Irmãs rosminianas que atuam na Venezuela, chamadas a testemunhar a proximidade espiritual e material à população tão duramente provada¡±.
O convite de Francisco, também é para que continuem a refletir no próprio carisma, e que possam ¡°abrir-se sempre mais à expectativas da Igreja e do mundo¡±. ¡°Com a luz do Espírito Santo, vocês encontrarão os caminhos para prosseguir com um ímpeto renovado, colhendo os sinais dos tempos, as urgências sociais e gestos de salvação e de esperança¡±.
Ademais, a exortação para que os clérigos e leigos que, ¡°vivendo no mundo, desejam alcançar a perfeição evangélica em comunhão com o Instituto de vocês¡±, sejam sempre mais partícipes ¡°da sua vida comunitária¡±.
Que ¡°as inevitáveis dificuldades não os desencorajem vocês, mas os motivem a confiar sempre em Deus para continuar com alegria e esperança a missão que ele confiou a vocês¡±, disse o Papa Francisco ao concluir.
Texto integral, em italiano:
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