Papa no Dia Mundial do Surdo: inclus?o seja uma mentalidade
Gabriella Ceraso e Andressa Collet - Cidade do Vaticano
O Papa Francisco enviou nesta sexta-feira, 28 de setembro e Dia Mundial do Surdo, uma mensagem dirigida à Agência Nacional Italiana para a Proteção e Assistência aos Surdos (ENS) que tem ¡°uma história feita de pessoas que acreditaram na unidade, na solidariedade, no compartilhamento de objetivos comuns, na força de ser comunidade¡± dentro de um contexto de progressos, sacrifícios e batalhas diárias.
Segundo o Pontífice, uma história de compromisso para ¡°combater a exclusão e promover o valor da vida¡±, mas também de confiança diante da determinação das pessoas surdas: ¡°se penso aos tantos surdos e a seus familiares que, diante do desafio da deficiência, não se sentem mais sozinhos¡±.
O valor de "fazer associação" em apoio à causa
Na sua mensagem, o Papa constata ¡°os grandes progressos¡± realizados em diversos âmbitos mas, ao mesmo tempo, também a difusão de uma ¡°perigosa e inaceitável cultura do descarte, como consequência da crise antropológica que não põe mais o homem ao centro¡±, mas o interesse econômico, o poder e o consumo desenfreado (Exort. Apos. Evangelii gaudium, 52-53). As pessoas frágeis estão entre ¡°as vítimas de tal cultura¡±, evidencia o Papa, sobretudo as crianças ¡°que têm dificuldade para participar da vida escolar¡± e ¡°os idosos que experimentam a solidão e o abandono, os jovens que perdem o sentido da vida e se veem com o futuro e os sonhos melhores roubados¡±.
O Pontífice, então, sublinha ¡°o valor¡± de ¡°fazer associação¡±.
Prática da inclusão vire mentalidade e cultura
O convite do Papa é ¡°ir contra a corrente¡±, lutando pela dignidade de homens e mulheres, acolhida e autonomia¡±. O desafio, então, é que a inclusão se transforme numa mentalidade e numa cultura ¡°e que os legisladores e governantes não façam faltar a essa causa o seu apoio coerente e concreto¡±. Existem direitos para serem garantidos, além das barreiras arquitetônicas para combater: ¡°é preciso se empenhar¡±, escreve o Papa, ¡°para combater todas as barreiras que impedem a possibilidade de relação e de encontro em autonomia e para alcançar uma autêntica cultura e prática da inclusão. Isso vale tanto para a sociedade civil, como para a comunidade eclesial¡±.
O Papa, assim, reconhece o empenho realizado dentro da Igreja, ¡°sobretudo no campo da evangelização! Isso é um exemplo e estímulo para as comunidades cristãs na sua vida diária¡±.
O desejo de conclusão do Pontífice é uma colaboração oriunda das dioceses e entre as pessoas surdas e os agentes pastorais preparados, para uma plena inserção: ¡°por isso é necessária uma pastoral inclusiva nas paróquias, nas associações e nas escolas¡±. Tanto já foi feito e tanto ainda precisa ser feito, sublinha o Papa, ¡°para a promoção das pessoas surdas, superando o isolamento de muitas famílias¡±, que ainda hoje acabam sendo objetos ¡°de inaceitáveis discriminações¡±.
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