Giovagnoli: Papa recorda a todos a trag¨¦dia da guerra
Cidade do Vaticano
A Comemoração de todos os fiéis defuntos foi celebrada esta quinta-feira pelo Papa Francisco com duas visitas intensas ¨C caracterizadas pelo silêncio e pela oração ¨C a dois lugares fortemente simbólicos para reiterar a estupidez da guerra, instrumento de morte e autodestruição.
A esse propósito, a Rádio Vaticano ¨C Secretaria para a Comunicação ¨C ouviu o docente de História contemporânea da Universidade Católica de Milão, Prof. Agostino Giovagnoli, sobre o significado das visitas do Pontífice ao cemitério estadunidense de Netuno, onde celebrou a santa missa, e ao sacrário-monumento das Fossas Ardeatinas este 2 de novembro:
Prof. Giovagnoli: ¡°A escolha de celebrar o dia de memória dos fiéis defuntos visitando o cemitério estadunidense de Netuno e o Sacrário das Fossas Ardeatinas é muito indicativa da preocupação do Papa Francisco em recordar que a guerra é em primeiro lugar e sobretudo uma tragédia e, por conseguinte, uma causa de morte, embora muitas vezes se faça pouco caso, buscando criar um ¡®novo mundo¡¯, quase imaginando uma nova primavera, assim disse o Papa. Portanto, ele se dirige a uma humanidade não suficientemente assustada com a guerra, propriamente num momento em que, ao invés, há guerra: há em muitos lugares do mundo e se faz presente também como ameaça iminente de um conflito cada vez maior.¡±
RV: Há uma tentativa do Papa Francisco, inclusive com essas visitas, de purificação da memória ¨C como fizeram seus imediatos predecessores ¨C a fim de que os terríveis os erros do passado não se repitam?
Prof. Giovagnoli: ¡°O Papa insiste nessa trágica lição da guerra, que o mundo nunca aprende, ou melhor, não quer aprender ¨C assim disse dias atrás e assim repetiu também esta quinta-feira. Há, portanto, a necessidade de reconquistar toda a consciência dramática daquilo que a guerra significa. Dias atrás falou do ¡®suicídio da humanidade¡¯ por exemplo no caso de uma guerra nuclear. Para o Papa é alarmante a pouca consciência que se tem hoje deste grande perigo.¡±&²Ô²ú²õ±è;
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