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Refugiados palestinos abandonam a Cidade de Gaza ap¨®s receberem ordem israelense. Refugiados palestinos abandonam a Cidade de Gaza ap¨®s receberem ordem israelense. 

Israel ordena a evacua??o da Cidade de Gaza

Panfletos israelenses com a ordem de evacua??o imediata foram lan?ados por avi?o na ter?a-feira, 9 de setembro. No mesmo dia, o governo de Tel Aviv afirmava estar prestes a arrasar a ¨¢rea por completo em um ataque para eliminar o Hamas.

Por Linda Bordoni - Cidade do Vaticano

Um milhão de pessoas vivia na Cidade de Gaza antes do início dos ataques israelenses em outubro de 2023, que destruíram a maioria das casas e da infraestrutura. Em meio a contínuos bombardeios e incursões, elas vêm se preparando há semanas para uma grande operação militar, desde que o governo israelense anunciou ter elaborado um plano supostamente destinado a infligir um golpe fatal ao Hamas, naquilo que seriam os últimos redutos do grupo militante.

Os moradores foram instruídos a se deslocar para uma ¡°zona humanitária¡± designada, na já superlotada área de Al-Mawasi, ao longo da costa sul, onde milhares de palestinos já estão abrigados em tendas em meio a ataques aéreos constantes.

Uma mãe e seu bebê evacuam a Cidade de Gaza na terça-feira, 9 de setembro.
Uma mãe e seu bebê evacuam a Cidade de Gaza na terça-feira, 9 de setembro.   (AFP or licensors)

Nenhum lugar seguro para se refugiar

As ordens de evacuação de terça-feira teriam causado pânico entre os moradores da cidade, que afirmam não haver lugar seguro onde se refugiar dos bombardeios e da catastrófica crise humanitária. Em uma área de tendas que abriga pacientes com câncer deslocados, as pessoas dizem estar presas.

Esforços de mediação frustrados

A campanha de quase dois anos de Israel no enclave palestino já matou mais de 64.500 pessoas, incluindo dezenas de milhares de mulheres e crianças. Observadores alertam que a ofensiva ampliada contra a Cidade de Gaza colocará em risco a vida de inúmeros outros civis.

Israel nega a acusação e invoca seu direito à autodefesa após o ataque de 7 de outubro de 2023, realizado por militantes do Hamas, que matou 1.200 pessoas e resultou na captura de 251 reféns.

Palestinos se reunem sobre os escombros de um prédio destruído por ataque israelense.
Palestinos se reunem sobre os escombros de um prédio destruído por ataque israelense.   (AFP or licensors)

As esperanças estavam depositadas nos esforços de mediação para alcançar um cessar-fogo que impediria o plano israelense, mas analistas dizem que a nova ofensiva israelense pode complicar as negociações de trégua para encerrar a guerra de quase dois anos.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirma que Israel não tem escolha a não ser concluir o trabalho em Gaza e derrotar o Hamas, visto que o grupo militante se recusa a depor as armas. O Hamas diz que não se desarmará a menos que seja estabelecido um Estado palestino independente e que não libertará todos os reféns sem um acordo que encerre a guerra.

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10 setembro 2025, 14:49