Israel ordena a evacua??o da Cidade de Gaza
Por Linda Bordoni - Cidade do Vaticano
Um milhão de pessoas vivia na Cidade de Gaza antes do início dos ataques israelenses em outubro de 2023, que destruíram a maioria das casas e da infraestrutura. Em meio a contínuos bombardeios e incursões, elas vêm se preparando há semanas para uma grande operação militar, desde que o governo israelense anunciou ter elaborado um plano supostamente destinado a infligir um golpe fatal ao Hamas, naquilo que seriam os últimos redutos do grupo militante.
Os moradores foram instruídos a se deslocar para uma ¡°zona humanitária¡± designada, na já superlotada área de Al-Mawasi, ao longo da costa sul, onde milhares de palestinos já estão abrigados em tendas em meio a ataques aéreos constantes.
Nenhum lugar seguro para se refugiar
As ordens de evacuação de terça-feira teriam causado pânico entre os moradores da cidade, que afirmam não haver lugar seguro onde se refugiar dos bombardeios e da catastrófica crise humanitária. Em uma área de tendas que abriga pacientes com câncer deslocados, as pessoas dizem estar presas.
Esforços de mediação frustrados
A campanha de quase dois anos de Israel no enclave palestino já matou mais de 64.500 pessoas, incluindo dezenas de milhares de mulheres e crianças. Observadores alertam que a ofensiva ampliada contra a Cidade de Gaza colocará em risco a vida de inúmeros outros civis.
Israel nega a acusação e invoca seu direito à autodefesa após o ataque de 7 de outubro de 2023, realizado por militantes do Hamas, que matou 1.200 pessoas e resultou na captura de 251 reféns.
As esperanças estavam depositadas nos esforços de mediação para alcançar um cessar-fogo que impediria o plano israelense, mas analistas dizem que a nova ofensiva israelense pode complicar as negociações de trégua para encerrar a guerra de quase dois anos.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirma que Israel não tem escolha a não ser concluir o trabalho em Gaza e derrotar o Hamas, visto que o grupo militante se recusa a depor as armas. O Hamas diz que não se desarmará a menos que seja estabelecido um Estado palestino independente e que não libertará todos os reféns sem um acordo que encerre a guerra.
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